O setor agrícola brasileiro, liderado pelo Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (IBRAFE), está pressionando o governo para redirecionar suas compras de feijão-carioca para feijão preto. Com um excedente de produção de feijão preto estimado em 100 mil toneladas, a medida visa equilibrar oferta e demanda. Essa mudança poderia ajudar na estabilização dos preços desse alimento básico na mesa dos brasileiros e beneficiar tanto produtores quanto consumidores.
Atualmente, o feijão preto enfrenta uma oferta abundante, resultando em preços mais baixos. Esse cenário é desafiador para a economia, pois o feijão-carioca continua a ser adquirido por preços elevados. A proposta do IBRAFE sugere que o governo priorize o feijão preto nas compras para programas sociais, como cestas básicas, merenda escolar e abastecimento de instituições públicas.
A razão para mudar para o feijão preto
A proposta não é apenas uma questão econômica. Com a demanda governamental focada no feijão preto, seria possível elevar os preços a um nível mais competitivo, protegendo produtores de perdas severas. Além disso, evitaria um possível colapso entre pequenos e médios produtores — os mais vulneráveis em épocas de excedente de produção.
Exportações recentes de feijão preto chegaram a 17 mil toneladas, mas continuam insuficientes para corrigir a tendência de preços baixos no mercado interno. Aqui, a intervenção governamental aparece como um catalisador necessário para uma recuperação mais robusta.
Apesar dos esforços de entidades do setor agrícola, como o IBRAFE, para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lidere o redirecionamento das compras, ainda não há confirmação oficial. A expectativa é que o governo avalie a proposta nas próximas semanas. Se implementada, a medida poderá marcar uma nova era na gestão agrícola, promovendo um impacto positivo na economia e na vida dos consumidores brasileiros.