Cientistas da AstraZeneca estão no caminho para viabilizar um tratamento inovador contra pólipos nasais sem a necessidade de cirurgia. O medicamento, conhecido como tezepelumabe, tem mostrado resultados promissores para pacientes com rinossinusite crônica, uma condição que afeta a respiração e a qualidade de vida.
Desenvolvido como um tratamento para asma grave, o tezepelumabe agora está em análises para ampliar seu uso para pólipos nasais. Um estudo recente com mais de 400 pacientes revelou que o medicamento pode reduzir em 98% a necessidade de cirurgia e em 88% o uso de corticosteroides. Esses resultados significam uma esperança significativa para quem sofre de sintomas persistentes.
Como funciona o tezepelumabe?
Os pólipos nasais são protuberâncias benignas que bloqueiam o fluxo de ar. O tezepelumabe, um anticorpo monoclonal, é injetado mensalmente e bloqueia a molécula TSLP, responsável pela inflamação provocada por pólipos. Essa ação reduz significativamente o tamanho dos pólipos e alivia sintomas como a congestão nasal.
A eficácia do tratamento foi substanciada em estudos publicados no The New England Journal of Medicine. Como o medicamento já é aprovado no Brasil para asma grave, a expectativa é que, este ano, o uso para pólipos nasais também seja regulamentado pela Anvisa. O potencial de simplificar os cuidados e evitar procedimentos invasivos tem deixado médicos e pacientes otimistas.
Embora o tezepelumabe tenha se mostrado seguro em testes clínicos, alguns usuários relataram dores de cabeça e sangramento nasal. Esses efeitos geralmente são leves e facilmente gerenciáveis. Além disso, reações no local da injeção e possíveis alergias podem ocorrer, o que ressalta a importância do acompanhamento médico durante o tratamento.