A alteração nas regras de importação promovida pelo Ministério da Gestão e Inovação gerou um impacto considerável nas finanças dos Correios em 2024. A empresa, que previa arrecadar R$ 5,9 bilhões com o transporte de mercadorias importadas, viu esse valor cair para R$ 3,7 bilhões, resultando em um prejuízo de R$ 2,2 bilhões, principalmente devido à chamada “taxa das blusinhas”.
Impacto monetário nas receitas dos correios
A “taxa das blusinhas” foi implementada como parte do programa Remessa Conforme, estabelecendo uma cobrança de 20% sobre compras internacionais até US$ 50. Essa nova legislação desencadeou uma queda de 37% na receita dos Correios com importações vindas da China.
Antes da taxa, os Correios detinham cerca de 98% do mercado de encomendas internacionais. Desde o início da vigência da nova taxa, essa participação despencou para pouco mais de 30%. A medida não só afetou a receita, mas também exigiu que a estatal revisse suas estratégias para manter a competitividade.
Adaptações e perspectivas futuras
Para contornar a situação, os Correios estão avaliando possíveis mudanças na legislação tributária que possam restaurar o modelo anterior de operações. A busca por aumentar a atuação no mercado nacional é uma prioridade, com negociações e parcerias sendo parte da estratégia. A empresa se empenha também em reduzir custos e buscar oportunidades de diversificação de serviços.
Em abril de 2024, a política de importação ainda gera incertezas. Os Correios estão implementando um plano de reestruturação para lidar com um déficit preocupante. Espera-se que ajustes na “taxa das blusinhas” sejam propostos em breve, visando equilibrar a arrecadação federal e fortalecer a estatal. Observadores aguardam novos desdobramentos enquanto os Correios adaptam suas operações às novas condições de mercado.