A saúde dos olhos é uma parte fundamental do bem-estar geral, mas frequentemente é deixada de lado. Muitos indivíduos não realizam exames oftalmológicos anuais, o que pode resultar em problemas de visão não detectados. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, cerca de 40% das pessoas em risco de perda de visão não fizeram exames oculares no último ano. Dr. Michelle Holmes, optometrista do Pacific Neuroscience Institute, ressalta que a visão é muitas vezes valorizada apenas quando surgem complicações.
Perigos do uso de colírios
Um hábito comum que deve ser evitado é o uso de colírios para aliviar a vermelhidão ocular. Esses produtos podem mascarar sintomas de condições mais sérias, como infecções, glaucoma ou abrasões na córnea. Os colírios para vermelhidão funcionam contraindo os vasos sanguíneos, proporcionando uma aparência temporariamente mais clara, mas isso pode ocultar problemas subjacentes que, se não tratados, podem levar a complicações graves.
Além de esconder problemas oculares, os colírios podem causar um efeito rebound. Quando o efeito do colírio desaparece, os vasos sanguíneos podem se dilatar ainda mais, resultando em olhos mais vermelhos do que antes. Isso pode criar um ciclo de dependência, onde o uso contínuo do colírio se torna necessário para manter a aparência desejada. Dr. Holmes alerta que essa dependência pode impedir o tratamento adequado da verdadeira causa da vermelhidão, aumentando o risco de infecções e, em casos extremos, perda de visão.
Para aliviar a irritação ocular, Dr. Holmes recomenda o uso de lágrimas artificiais lubrificantes, preferencialmente sem conservantes. Essas alternativas são seguras e eficazes para manter a umidade ocular sem os riscos associados aos colírios para vermelhidão.