A longa disputa territorial envolvendo a região do Essequibo, atualmente sob administração da Guiana, ressurgiu com força, trazendo implicações significativas para a Venezuela e o Brasil. O conflito, que remonta ao século XIX, reemergiu devido às recentes ações do governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, para reivindicar essa área como parte de seu território.
O desentendimento teve início quando a Grã-Bretanha, antiga potência colonial, traçou a linha que definia os limites territoriais da Guiana. A Venezuela contestou, alegando que a demarcação não era justa. Enquanto isso, o Brasil se vê indiretamente no cerne do conflito, devido a questões históricas ligadas à arbitragem internacional. Estas tensões são impulsionadas pela descoberta de grandes reservas de petróleo na região, aumentando assim seu valor econômico e estratégico.
Atividades recentes da Venezuela
Nos últimos anos, a administração de Maduro implementou medidas para cimentar suas reivindicações sobre o Essequibo. Entre essas ações, está um referendo realizado em dezembro de 2023, onde a grande maioria dos votantes venezuelanos concordou com a anexação da região. Esta decisão foi imediatamente classificada como inválida por organizações internacionais, por suscitar instabilidades regionais, além de ser considerada uma violação da soberania guianense.
A escalada das tensões tem preocupado o Brasil, que observa a situação de perto, especialmente pela proximidade do estado de Roraima com a área em disputa. O aumento de atividades militares e outras ações ofensivas por parte da Venezuela elevaram o nível de alerta do governo brasileiro. A possibilidade de um conflito armado no norte do continente sul-americano levanta preocupações sobre a segurança regional e a estabilidade econômica, oscilando a paz no continente.