Sidney Marques Vitalinno Guimarães, o “Sidney do Salão” (PTB), tem se destacado na Câmara de Vereadores. O estreante na política de Itabira foi o segundo mais votado da nova legislatura (1.693 votos, sucedendo Neidson Freitas, do MDB, com 2.133). Conquistou, portanto, a primeira das quatro vagas que o PTB, sigla do ex-prefeito Ronaldo Magalhães, obteve na última eleição proporcional.
Sidney está na mesa diretora – segundo secretário -, é relator da Comissão de Assistência Social, Direitos Humanos e Segurança Pública e vogal na de Educação, Cultura, Desportos e Lazer. Em entrevista a DeFato, o parlamentar resume sua atuação e traz pontos de vista de maneira concisa. Sidney não se define oposição ou situação ao atual governo municipal, mas “independente”, afirma.
Hoje com 34 anos (fará 35 nesta quarta-feira, 26), o cabelereiro se tornou conhecido pelo instituto que coordena, o “Cabeça Feita”, implantado em 2017. A iniciativa oferece oficinas e cursos profissionalizantes em diversas áreas. Já formou, pelo menos, 1.800 alunos.
DEFATO – Vereador, como avalia seu mandato até aqui? Comente um pouco sobre o que vem apresentando à Casa, as indicações, proposições etc.
SIDNEY DO SALÃO – Temos trabalhado em busca de respostas rápidas para a comunidade. Fizemos dezenas de indicações sobre assuntos diversos que são latentes em nossa cidade. Estamos cobrando os atendimentos às mesmas. Temos percorrido toda a cidade, fotografado e filmado as demandas do povo, cumprindo nosso papel de fiscalizar as ações das secretarias da Prefeitura. (…) entendemos que o Parlamento é uma casa de discussões e debates – por isso, temos sido atuantes no sentido de levar para o plenário discussões de temas importantes.
DEFATO – O senhor fez algumas indicações sobretudo para a zona rural, como pedidos por torre de telefonia e melhorias no transporte coletivo, expandido sua base de atuação. Que prioridades têm à frente? Há algum projeto sendo elaborado para resolver conhecidos problemas comunitários?
SIDNEY – Fiz várias indicações para a zona rural porque estou percorrendo as localidades e fotografando os problemas. Seguimos fazendo indicações com as demandas levantadas. Buscamos a melhoria da qualidade de vida do cidadão itabirano, indiferente de onde mora, se na zona urbana ou rural. Temos vários [projetos em elaboração], porém em fase de preparação e análise de viabilidade para não se tornar algo inócuo.
DEFATO – O senhor tem adotado uma postura de maior cobrança ao governo de Marco Antônio Lage (PSB). Se define um vereador de oposição?
SIDNEY – Não me defino como oposição ou situação. Entendo que o parlamento é independente e deve permanecer sempre assim. Nosso papel é fiscalizar o Executivo e buscar soluções para os anseios da população. Minha postura é de nunca abrir mão deste papel e dever, mantendo o diálogo acima de tudo.
DEFATO – Aliás, como está caminhando o governo de Marco Antônio Lage, a seu ver?
SIDNEY – Acredito que os primeiros 100 dias foram de aprendizado. Para aprender, eles tiveram alguns desacertos. Estou na expectativa de as mudanças ocorridas no primeiro escalão trazerem melhorias. Penso que há muita inexperiência e por isso dificuldade em cumprir o papel que já deveriam estar cumprindo.
DEFATO – Na semana que passou o orçamento impositivo foi derrubado na Câmara. O que o senhor acredita que mudou os rumos do projeto?
SIDNEY – Lamento que essa proposição mais uma vez não tenha sido aprovada. Ela [a proposta] seria um momento na história do Parlamento em Itabira, dando aos vereadores o poder de decidir junto ao orçamento municipal. Vai dificultar a vida de todos os vereadores que almejam levar obras para suas comunidades.
DEFATO – O diálogo entre governo e Câmara melhorou, intermediado pelo secretário Márcio Passos?
SIDNEY – Para mim não mudou quase nada porque até hoje não tive nenhuma conversa com o governo. Ouvi dizer que ele está conversando com os vereadores, mas comigo não houve nenhuma conversa.
DEFATO – E o projeto Cabeça Feita, pretende expandi-lo? Há desafios?
SIDNEY – Nossa atenção também tem sido em aprimorar o projeto Cabeça Feita, expandindo seu atendimento para outros bairros, além de buscar novos parceiros.