O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta segunda-feira (1º), que o Governo Federal estuda renovar o pagamento do auxílio emergencial em quatro parcelas de R$ 250 — nos meses de março, abril, maio e junho — a fim de combater os efeitos econômicos nocivos da pandemia da Covid-19.
Segundo disse o presidente da Câmara em entrevista à RecordTV, o Governo Federal também analisará durante este período a criação de um novo programa de distribuição de renda, proposta que vem sendo discutida desde o último ano, mas que não decolou, entre outros motivos, por falta de espaço fiscal no Orçamento.
Lira esteve reunido na noite do domingo (28) com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, em um encontro que classificou como “bastante produtivo”, para tratar de assuntos como a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, auxílio e vacinação.
Vacinas
O presidente da Câmara disse que a previsão é de que até maio o Governo Federal tenha 140 milhões de vacinas. Lira afirmou que o calendário é “otimista” e que durante o encontro foi discutida uma “lógica de destravamento” para a aquisição de insumos e vacinas para o Brasil.
“É a única saída que nós temos para garantir a saúde da população e reaquecimento da economia”, apontou Lira sobre a vacinação nacional.
Segundo o presidente da Câmara, além de novas negociações, há “perspectiva clara de contratação por parte dos laboratórios, só tem que se fazer acompanhamento da importação de insumos e acompanhamento da produção” pelos laboratórios que ficaram responsáveis pela produção dos imunizantes, no caso o Instituto Butantan e a FioCruz.
Previsões
De acordo com Lira, a previsão é de que a PEC Emergencial será lida no relatório da terça-feira (2) e votada no plenário do Senado na quarta-feira (3).
A respeito da Reforma Administrativa, a previsão é de que em até dois meses seja votada pela Casa e encaminhada para o Senado. Já a Reforma Tributária pode levar entre seis a oito meses para passar pela Câmara.
“Está quase tudo certo”, afirma Bolsonaro
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou, também nesta segunda-feira, que está “quase tudo certo” para o pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial. “O auxílio emergencial movimenta a economia local. Está quase tudo certo, teve uma reunião de três horas ontem à noite aqui”, citou Bolsonaro para apoiadores, hoje pela manhã, na saída do Palácio da Alvorada.
Segundo Bolsonaro, o novo valor do auxílio, acordado em R$ 250 por quatro meses, está “acima da média do Bolsa Família, que é de R$ 190”.
“Alguns reclamam: é muito pouco. Meu Deus do céu, alguém sabe quanto custa isso para todos vocês brasileiros? O nome é ‘auxílio’, não é aposentadoria”, afirmou o presidente.
Bolsonaro, ainda, reforçou que a União não tem dinheiro para pagar o benefício. “Eu tenho falado isso: é endividamento. Não tenho dinheiro no cofre não. É endividamento”, completou.