Site icon DeFato Online

O PIB do futuro

Lula

Na semana passada, eu disse aqui, com todas as letras, que o otimismo estava no ar, e, estava mesmo … Só que agora o otimismo está nos números deixando cada vez mais certo e perto um crescimento de 5% para o PIB, Produto Interno Bruto, em 2021.Os números do PIB, do primeiro trimestre, estão na mesa e são robustos. Além do crescimento, inesperado, de 1,2%, pela maioria dos economistas brasileiros, da qual me excluo, a qualidade dos números chamou a atenção.

Em valores correntes, o PIB, no primeiro trimestre de 2021, totalizou R$ 2,048 trilhões. Mais uma vez o setor agropecuário brilhou com um crescimento de 5,7%. Se comparado a igual período do ano anterior, o PIB teve crescimento de 1,0% no primeiro trimestre de 2021.Isso quer dizer, na prática, que em média, a atividade econômica no Brasil já está acima do nível pré pandemia.

A Agropecuária cresceu 5,2% em relação a igual período de 2020. Este resultado foi puxado principalmente pelo aumento na produtividade e da produção de soja, fumo e arroz, culturas com safra relevante no primeiro trimestre do ano.  Segundo o IBGE, a pecuária e a pesca apontaram fraco desempenho no primeiro trimestre do ano, enquanto as estimativas para produção florestal foram positivas.

Entre as atividades industriais, o avanço foi puxado pelas Indústrias Extrativas (3,2%). Também registraram taxas positivas a Construção (2,1%) e a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,9%). O único desempenho negativo se deu nas Indústrias de Transformação (-0,5%).

Nos Serviços, houve resultados positivos em Transporte, armazenagem e correio (3,6%), Intermediação financeira e seguros (1,7%), Informação e comunicação (1,4%), Comércio (1,2%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Outros serviços (0,1%). A única variação negativa veio da Administração, saúde e educação pública (-0,6%).

Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (4,6%) cresceu, enquanto a Despesa de Consumo das Famílias (-0,1%) e a Despesa de Consumo do Governo (-0,8%) tiveram variações negativas em relação ao trimestre imediatamente anterior. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram crescimento de 3,7%, enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 11,6% em relação ao quarto trimestre de 2020.

Meu caro leitor e leitora agora quero explicar o meu otimismo e o segredo, revelado em números, da qualidade do nosso crescimento. Em plena pandemia nada mais normal do que a queda no consumo das famílias. A queda no consumo do governo pode ser explicada pela contabilidade paralela dos gastos com a pandemia, que foram enormes, mas os números que saltam diante dos olhos daqueles, que como eu, acreditam na mudança estrutural da economia, juros mais baixos e um dólar mais apreciado reativando o mercado interno e o setor exportador , e que provavelmente serão mantidos nestes patamares pela boa gestão das contas públicas e pela expectativa das reformas e do programa de privatização, é o da  Formação Bruta de Capital Fixo que cresceu 4,6%.

Mostra a fome de crescimento das empresas , esse nome enorme, FBCF, é sinônimo de consumo das empresas em novos bens para aumentar a produção. Se as empresas investem, os empregos são criados, isso praticamente não acontecia desde 2014, e como consequência, teremos a recuperação e o aumento do nível de renda do País, que bem gerido e reformado poderá nos entregar o que temos sonhado durante vários anos, o crescimento sustentável, mudando para melhor a qualidade de vida dos brasileiros.

Após o anúncio do PIB do primeiro trimestre, o IBOVESPA registrou recorde histórico de valorização, o dólar derreteu e pode furar os R$5,00 por dólar durante essa semana, dada a força de entrada de recursos estrangeiros, e, a curva de juros futuros caiu, precificando a melhora do risco Brasil. Mantida a agenda econômica, e, com a aceleração da vacinação, o Brasil pode voar!!!!

Rita Mundim é economista, mestre em Administração e especialista em Mercado de Capitais e em Ciências Contábeis

O conteúdo expresso neste espaço é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

Exit mobile version