Nessa quinta-feira (18), em entrevista exclusiva à EPTV Sul de Minas, afiliada Rede Globo, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema comentou os perigos gerados pelo não cumprimento das restrições referentes à onda roxa. Para ele, a situação do sistema de saúde encontra-se em colapso e pode ficar ainda mais dramática.
“O que nós estamos esperando é que o número de novos casos caia expressivamente e, consequentemente, o número de pessoas que procuram o atendimento hospitalar, para que ninguém corra o risco de falecer na calçada. O que pode acontecer, caso a gente não tenha essas mudanças que estamos implementando, é que as pessoas daqui a pouco vão falecer na rua, porque não há condição de dar o atendimento que as pessoas merecem com dignidade necessária. Quanto mais o vírus circula, mais cepas novas vão surgir”, disse o governador.
No Sul de Minas, pelo menos três cidades resistem em adotar os protocolos da onda roxa: Varginha, Carmo do Rio Claro e São Sebastião do Paraíso. Na região do Vale do Aço, Coronel Fabriciano e Timóteo também demonstram má vontade com as medidas do programa Minas Consciente.
Romeu Zema deixou claro que o Ministério Público e a Justiça vão trabalhar para que todos os municípios sigam as regras do estado. Vale lembrar que é obrigatória a todos os município mineiros a adesão à onda roxa.
“A onda Roxa é impositiva para todo o Estado. É lógico que nem todos seguem o que é determinado e vai caber ao Ministério Público, juntamente com o Tribunal de Justiça, analisar esses casos, que com certeza, deverão ser revertidos. Nós estamos em uma situação extremamente crítica e a nossa prioridade é salvar vidas. É uma decisão difícil que afeta muito a vida das pessoas e que eu gostaria de não ter tomado. Mas, como você deixa de tomar uma decisão que visa a salvar vidas? Então, eu tenho certeza que o bom senso, dessa prioridade que é a vida humana, vai prevalecer”, disse o governador.
Recorde de casos
O Sul de Minas voltou a bater recorde de novos casos da Covid-19 após quase dois meses. Nessa quinta-feira (18), foram mais de 1,9 mil novos casos confirmados na região. Poré, a administração municipal de Varginha informou em coletiva de imprensa que entende que a imposição feita pelo Governo de Minas é inconstitucional.