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Problema renal leva Maria Consolação para a fila de transplante

Maria Consolação da Cruz, santa-mariense, de 57 anos, passa por momentos cada dia mais difíceis em sua vida. Para uma pessoa que sempre teve uma vida ativa, interromper suas atividades diárias devido a um problema de saúde, não é nada fácil.

“Eu sempre fui uma pessoa que trabalhava dentro e fora de casa. Sempre fui muito alegre e com um astral lá em cima. Adoro cantar e dançar”, diz Maria Consolação.

Porém, a profissional dedicada que trabalhava como cozinheira em um hospital, teve que parar de fazer o que mais amava para cuidar de sua saúde. “Trabalhei durante 10 anos no Hospital Padre Estevan, em Santa Maria de Itabira. A minha função era cozinhar para os pacientes, e eu amava. Era minha paixão e fazia com muito amor”, conta.

Os problemas surgem

Maria Consolação, após completar 40 anos, começou a ter os primeiros problemas de saúde, como hipertensão e diabetes. Até então, nada que pudesse interferir em sua rotina. Mas, em agosto de 2011, ela sofreu um pequeno acidente de trabalho. Por isso, teve que se afastar temporariamente.

Como estava em casa, Maria começou a notar algo estranho em sua visão. Achou que precisava apenas mandar fazer um óculos. Porém, as coisas eram bem mais sérias do que ela havia imaginado.

“Eu tive um pequeno acidente de trabalho. Cortei o dedo e fiquei de atestado. Mas, comecei a sentir minhas vistas estranhas. Marquei uma consulta e fui. Pensei que fosse sair de lá com uma receita de óculos, mas saí com uma orientação de fazer um exame urgente em Belo Horizonte”, disse Maria Consolação.

Após dois meses, fez o exame. Então, ao retornar à sua oftalmologista, a médica orientou que ela deveria procurar um nefrologista. Assim, em fevereiro de 2021, o médico verificou que a pressão arterial de Maria estava muito alta. Imediatamente, teve que ser encaminhada ao hospital. Logo após verificar seu estado de saúde, o médico decidiu internar Maria Consolação.

“Eu fiquei apavorada. Quando cheguei lá, minha pressão estava alta. O médico assustou e falou: meu Deus, vou ter que te internar”, conta.

O diagnóstico

Dessa forma, durante a internação foi descoberto que todos os seus exames estavam alterados. Uma forte anemia apareceu e seus rins já não funcionavam bem. Foi assim que Maria Consolação recebeu o diagnóstico da doença. Ela estava com Insuficiência Renal Crônica (IRC).

A IRC é a perda lenta e gradual das funções renais. Quando não identificada e tratada, pode levar à paralisação dos rins, órgãos responsáveis pela filtragem de substâncias e nutrientes presentes no organismo. Os componentes necessários são absorvidos, enquanto os tóxicos são eliminados pela urina.

Esse equilíbrio é fundamental para o controle da pressão arterial e para regular a concentração de cálcio e fósforo no sangue, contribuindo para a saúde dos ossos e para a manutenção dos glóbulos vermelhos. A insuficiência renal pode ser tratada com medicamentos e controle da dieta. Nos casos mais extremos pode ser necessária a realização de diálise ou transplante renal.

“O problema renal na família é hereditário. Algumas pessoas da minha família sofrem com a doença também”, conta Maria Consolação.

Dessa maneira, desde maio de 2012, ela segue um tratamento à base de sessões constantes de hemodiálise. Entre as idas e vindas para o hospital, Maria Consolação sofre muito com a doença. Em 2015, teve que passar por duas cirurgias. Com isso ficou sem andar, por um mês, devido a uma infecção nas duas articulações no fêmur, além de ter pneumonia.

Hoje

Atualmente, Maria Consolação continua fazendo hemodiálise, mas sofre com um enorme edema em seu braço. Suas veias estão entupidas e será necessário fazer angioplastia. A cirurgia tem um custo alto, mais de R$ 38 mil, e o plano de saúde não cobre o procedimento.

“É muito difícil dormir assim. Tenho que colocar várias almofadas para ajeitar o braço. Sinto dores nas pernas, me sinto cansada e tenho náuseas. Além disso, tenho que seguir uma dieta restritiva. Já gastei com um exame que se chama venografia. Agora, tenho que fazer angioplastia e o convênio não cobre”, relata.

Maria Consolação, apesar de todo o sofrimento, não perde a alegria de viver e a esperança. “Agradeço a Deus, aos meus filhos, a minha irmã Rozaria, ao meu amigo Jair, ao José Custódio e a todas as pessoas que estão me ajudando. Tenho fé que tudo vai dar certo”, disse confiante.

Ela está na fila do transplante. Portanto, ainda falta avaliação odontológica, oftalmológica e ginecológica. Agora é torcer para que tudo corra bem e que ela possa fazer o transplante renal o mais rápido possível.

Como ajudar

Para quem se sensibilizou com a história e quer ajudar, pode enviar pix para: Maria Consolação da Cruz
Pix chave: 02724272684
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