Nesta quinta-feira, 22 de outubro, diante da segunda onda da covid-19, a Alemanha anunciou que, nas últimas 24 hora, registrou 11.287 novos casos de coronavírus. Uma alta assustadora, já que caracteriza 49% em relação ao dia anterior. É um recorde diário de infecções, desde o início da pandemia, já que o máximo registrado era de 7.830 novos infectados, registrados na sexta-feira (16).
Ao todo, o país tem mais de 380 mil casos e soma quase 10 mil mortes. A Europa passa por um novo surto de coronavírus em diversos países. A segunda onda, ainda atingiu um número de vítimas bem menor do que os registrados no início da pandemia.
Autoridades de vigilância epidemiológica da Alemanha chegaram a declarar que o país vive uma situação de saúde gravíssima. Eles demonstraram o medo de “o vírus pode estar se espalhando incontrolavelmente”. Isso porque, dessa vez, os jovens são o grupo mais expostos ao coronavírus.
Ainda assim, o governo alemão está otimista e considera possível conter a pandemia. Desde que haja o respeito, sistemático, às medidas de proteção e ventilando regularmente ambientes fechados. Diante do avanço da segunda onda da covid-19, a chanceler Angela Merkel, em pronunciamento oficial, chegou a pedir aos cidadãos para reduzir as relações sociais e os encorajou a não sair de casa.
Avanço da 2ª onda na Europa
Com mais de 15 mil novas infecções, a Itália também registrou novo recorde diário de casos. Duas regiões são as que mais preocupam: a Lombardia e a de Nápoles. Ambas já estabeleceram toque de recolher durante três semanas. A preocupação é redobrada, pois o país foi um o mais atingidos pela primeira onda da pandemia.
A situação é ainda pior na França que já contabiliza 163 novas mortes e mais de 20 mil novos casos. As principais cidades, incluindo Paris, estão sujeitas a um toque de recolher.
Já a Espanha, primeiro país da União Europeia a superar um milhão de casos, está procurando se prevenir. O governo espanhol estuda novas medidas para frear o avanço da pandemia. A França também passou a marca simbólica de um milhão de infectados.
Para evitar entrar nas estatísticas do coronavírus, a Irlanda se tornou foi o primeiro país europeu a declarar lockdown, novamente. A previsão é que os irlandeses permaneçam em casa por seis semanas. Ainda assim, as escolas permanecerão abertas. No Reino Unido, o País de Gales também deve entrar em confinamento a partir de sexta-feira (23). Essa é a medida mais dura desde a primeira onda da doença.
Tanto na Irlanda, quanto no País de Gales, estabelecimentos comerciais não essenciais já estão fechados. Além disso, os irlandeses só podem sair de casa para se exercitar. Mas assim, se ultrapassarem um raio de cinco quilômetros de sua residência, estarão sujeitos a multa.
Na Inglaterra, reuniões de mais de seis pessoas já foram proibidas. E a população está sujeita a medidas ainda mais rígidas, já que Manchester, por exemplo, foi colocada em nível de alerta máximo.
O toque de recolher tem sido uma estratégia comum aos países europeus. Isso inclui Eslovênia e República Tcheca. O governo deste último anunciou um confinamento parcial que inclui restrição de deslocamento.