Neste início de 2022, o sistema de saúde de Itabira vem enfrentando uma série de dificuldades — sobretudo com a falta de profissionais especializados. Além das unidades do Programa de Saúde da Família, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) também precisam lidar com a escassez de médicos, o que vem limitando a capacidade de atendimento e gerado reclamações pelos usuários do serviço.
O Município conta com três unidades dedicadas à saúde mental: CAPS Infantil, CAPS II e CAPS Álcool e Drogas — além de um Centro de Convivência. “Estamos com um médica atendendo no CAPS II e um médico atendendo no CAPS Infantojuvenil, três vezes na semana. Já o CAPS Álcool e drogas está sem médico no momento diante da dificuldade de encontrar especialistas na área da psiquiatria, isso se dá pelo cenário que vivemos com aumento significativo da demanda de saúde mental”, explicou a assessoria do comunicação da Prefeitura de Itabira, por meio de nota enviada à DeFato.
Ainda segundo informações do Executivo, para atender a atual demanda dos Centros de Atenção Psicossocial são necessários, no mínimo, três médicos para o CAPS II, dois para o CAPS Álcool e Drogas e um para o CAPS Infantojuvenil — sendo que apenas o último conta com a quantidade necessária de clínicos. “Estamos no processo de contratação, porém a previsão esbarra na disponibilidade de profissionais no merco”, destaca a nota da Prefeitura de Itabira.
O sistema de saúde mental não convive apenas com a falta de médicos. Desde o início de março, os vereadores têm comentado nas reuniões ordinárias da Câmara de Itabira sobre a falta de veículos para dar suporte às unidades do CAPS. Segundo os parlamentares, há apenas um carro disponível para atender as três unidades do Município.
Estrutura
Além das três unidades do CAPS e do Centro de Convivência, o sistema de saúde mental de Itabira também conta com seis leitos de retaguarda no Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) e com uma equipe multidisciplinar formada por farmacêutica, equipe de enfermagem, serviço social, psicólogos, médicos, tera
“Precisamos fortalecer nossos serviços, melhorar condições de trabalho e educar nossa população e governantes quanto ao serviço de saúde mental. A saúde mental se faz de forma ampliada, trabalhamos integrados com toda rede de assistência e com as 32 unidades do Programa de Saúde da Família (PSF). Também somos referência para 13 municípios vizinhos”, diz a nota da Prefeitura de Itabira.