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MG Transplantes coordena a captação de seis órgãos para doações

Foto: Agência Minas Gerais

Equipes do MG Transplantes, formada por médicos e enfermeiros, realizaram a captação de múltiplos órgãos no Complexo Hospitalar de Barbacena (CHB), também da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Ao todo, a ação resultou na captação de seis órgãos – coração, fígado, dois rins e duas córneas (tecidos), transportados por meios terrestres e aéreos, disponibilizados pelo Governo de Minas, com o objetivo de agilizar o processo e realizar os transplantes em tempo hábil. 

Os órgãos e tecidos foram encaminhados para hospitais localizados na Zona da Mata mineira e no Distrito Federal e destinados a pacientes compatíveis cadastrados, por ordem de prioridade, na Central de Transplantes do Estado.  Atualmente, quase 44 mil pessoas aguardam na fila por um órgão em todo o Brasil. Em Minas Gerais, esse número chega a quase 4 mil. Os números, no entanto, não incluem os pacientes que esperam por uma córnea. Nesse caso, são mais de 29 mil pessoas no país, e quase 4 mil somente em Minas. 

Em abril deste ano, pela primeira vez na história do Hospital Municipal Carlos Chagas, em Itabira, uma equipe de cirurgiões do MG Transplantes esteve no local para captar órgãos para doação. Relembre.

“A doação de órgãos é um processo complexo, em que se realiza a identificação do doador em morte encefálica ou parada cardíaca”,  explica o diretor do MG Transplantes, Omar Lopes Cançado. A captação é seguida da realização de exames de compatibilidade e avaliação clínica e os órgãos são alocados com base na lista de espera, além de combinação de fatores como gravidade do estado de saúde do receptor e compatibilidade imunológica e anatômica do órgão. 

“Todo o processo é regido por rigorosos protocolos éticos e legais, como forma de assegurar que os transplantes sejam realizados sempre com segurança e dentro dos preceitos jurídicos”, reforça o diretor do MG Transplantes.

Ele ressalta, ainda, que um doador pode salvar oito ou mais pessoas que esperam por transplantes. “É importante que as pessoas conversem com seus familiares e expressem a vontade de doar órgãos e tecidos, pois apenas a família pode decidir sobre a doação”, alerta Omar.

Referência 

Desde a abertura da unidade de urgência e emergência, em 2014, o Hospital Regional de Barbacena Dr. José Américo, pertencente ao CHB, é referência para trauma e acidente vascular encefálico (AVE). 

A partir da suspeita de morte encefálica (ME), tem início o protocolo para determinar as causas e notificar a organização de procura de órgãos (OPO) de Juiz de Fora, referência para a região em que o HRB-JA está localizado. Após a confirmação do diagnóstico e da autorização familiar, inicia-se a logística para a captação e o transporte dos órgãos até os centros transplantadores.

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