Barão de Cocais tem três mortes confirmadas por febre amarela e outras quatro sob suspeita
Município ainda tem 17 casos suspeitos e se preocupa com extensa área verde em seu entorno
A febre amarela é um problema que assusta a cidade de Barão de Cocais. O município com cerca de 31,6 mil habitantes tem extensa área verde e traça estratégias para combater a circulação do vírus. Nos dois primeiros meses do ano, já foram três mortes confirmadas pela doença e outras quatro estão sob investigação. Ao todo, são quatro casos confirmados, e mais 13 aguardando resultados de exames.
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiologia, Rafaella Vieira, o setor identificou que os primeiros casos eram oriundos do distrito de Cocais e comunidades vizinhas. Depois, passou a se deslocar pela área verde do município, chegando mais perto da região central. “Apesar de termos moradores da cidade com suspeita da doença, todos eles trabalham ou visitaram a região rural recentemente. A doença é silvestre, não pode ser considerada urbana”, afirma.
Todas as pessoas com suspeita de febre amarela em Barão de Cocais estão sendo encaminhadas para o Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, considerado referência para tratamento contra a doença. Boletins são enviados diariamente à Secretaria de Estado de Saúde.
Também em Barão de Cocais, o setor de epidemiologia já recolheu 14 macacos mortos. Os materiais genéticos dos primatas foram encaminhados para a Fundação Ezequiel Dias, responsável por emitir os laudos que atestam ou não a presença do vírus da febre amarela.
Barão de Cocais pertence à regional de Itabira dentro do quadro desenhado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Todos os municípios desse grupo estão em estado de emergência por causa da febre amarela por determinação do governador Fernando Pimentel.
Segundo a coordenadora Rafaella Vieira, o índice de cobertura vacinal no município chega a 96%. Ela crê que o percentual deva subir nesta semana, por causa da geração de um novo lote de vacinas.