Empresa que construiu UPA Fênix nega irregularidades
A construção é alvo de CPI na Câmara de Vereadores de Itabira
Procurada por DeFato, a Novo Horizonte Jacarepaguá se manifestou sobre a CPI que investiga suspeitas de irregularidades na construção da UPA Fênix. A empresa, do Grupo NHJ do Brasil, com sede no Rio de Janeiro, afirma que “seguiu rigorosamente as normas do edital, realizando ainda algumas mudanças solicitadas posteriormente (pela Prefeitura de Itabira)”.
“Toda a unidade foi preparada de acordo com a necessidade de cada área da Unidade de Saúde, seguindo as especificidades de cada ambiente, como na sala de raio X, por exemplo”, cita o comunicado da NHJ do Brasil, enviado nesta quinta-feira, 12 de abril, ao site DeFato.
A CPI está em trâmite na Câmara de Itabira e tem seis meses para apontar se houve alguma irregularidade na contratação e execução das obras da UPA, erguida entre 2014 e 2016, na gestão do ex-prefeito Damon Lázaro de Sena (PV).
Além do atual governo afirmar não ter dinheiro para operar a estrutura, existem alegações de problemas estruturais. A pedido da Secretaria Municipal de Saúde, uma arquiteta avaliou a obra com referências normativas e concluiu que o prédio não está adequado à unidade hospitalar.
A NHJ do Brasil refutou as alegações. “Não há nenhum tipo de problema estrutural neste projeto. (…) Vale ressaltar que a Novo Horizonte atua no mercado da Construção Modular há mais de 20 anos e possuímos uma política interna de qualidade a fim de que nossos equipamentos e projetos obedeçam a todas as normas necessárias”.
A empresa também ressaltou que ainda não foi notificada ou procurada pela Comissão Parlamentar de Inquérito.
Sem pagamento
À época do anúncio das obras pelo ex-prefeito, a UPA Fênix foi orçada em R$ 4,1 milhões. Sem especificar valores, a empresa diz que o pagamento do serviço está pendente. “Até o momento, não foi realizada a quitação financeira do projeto. Nosso departamento jurídico está tentando viabilizar uma solução administrativa, mas ainda sem êxito por parte da Prefeitura”.
No ano passado, quando a equipe do prefeito Ronaldo Magalhaes (PTB) completou 100 dias de governo, a Prefeitura de Itabira tornou público que devia 416 fornecedores. Entre eles, está a Novo Horizonte Jacarepaguá. Conforme a publicação feita à época, o dividendo herdado com a empresa carioca é de R$ 1.190.000,00.
Em contatos anteriores, DeFato não conseguiu contato com o ex-prefeito Damon Lázaro de Sena, que não atendeu a mensagem enviada e aos telefonemas feitos.