Itabira tem redução histórica de mortalidade infantil, aponta Secretaria de Saúde
Rosana Linhares considera a questão como relevante e uma das mais importantes conquistas da gestão
Itabira teve uma histórica redução da taxa de mortalidade infantil, segundo afirmou a secretária municipal de Saúde, Rosana Linhares, em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira, 24 de abril. No município, esse índice está em 7 por 1 mil, ou seja, a cada mil bebês nascidos vivos, sete vão a óbito, com menos de um ano de idade. No ano de 2017, entre 1.432 bebês nascidos vivos em Itabira, ocorreram 10 óbitos.
A redução da mortalidade teve uma taxa de 13,51 no ano de 2016, com queda de 6,98 em 2017, segundo o Comitê Municipal de Prevenção da Mortalidade (composto por técnicos das redes Primária e Secundária, hospitais e Secretaria Municipal de Saúde). A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza como estatisticamente como aceitável uma taxa de até 10 óbitos por 1 mil bebês nascidos vivos.
Já a mortalidade fetal (com 22 semanas ou mais de gestação, ou peso de 500 gramas ou acima) caiu de 11,45 em 2016, para 7,62 em 2017, uma redução de 33,45% entre um ano e outro. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) aferiu os números a partir de três fontes oficiais de apuração (Comitê Municipal, DataSUS e Relatório Anual de Gestão).
Rosana Linhares disse considerar a redução da mortalidade infantil uma das “mais importantes obras da gestão”, além de ter colocado como desafio do atual governo reduzir a mortalidade em Itabira a um dígito. Em 2015, a taxa de mortalidade infantil no município entre os nascidos vivos era de 10,81, e, em 2016, de 13,51. “É um trabalho muito intenso, no caso da mortalidade infantil, pois a mortalidade infantil é o maior indicador de saúde internacionalmente estabelecida”, explicou Rosana, lembrando que o trabalho envolve o engajamento de todas as equipes, desde a atenção primária até a terciária, nas redes pública e privada.
Agradecimentos
Ela rendeu agradecimentos a todos os profissionais que ajudaram na queda dos índices (rede primária e secundária, da Policlínica, CEAE, prestadores de serviços, Hospital Municipal Carlos Chagas, Hospital Nossa Senhora das Dores, equipes da Vigilância Epidemiológica e diversos outros).
O prefeito municipal, Ronaldo Magalhães (PTB), afirmou que a redução desses índices é o resultado de um trabalho intenso, pois a atenção não é somente no momento em que a criança nasce, mas, desde o acompanhamento da gestante, atendimento ao parto e o primeiro ano de vida do bebê. “Estamos aqui para comemorar o resultado bastante positivo, foi uma queda muito grande de 2016 para 2017. A gente se sente feliz. (…) Temos que valorizar um fato desse, porque eu considero muito importante”, declarou.
Fatores de redução
Rosana afirmou que os indicadores são muito sensíveis, uma vez que qualquer óbito traz alteração às taxas. Dentre os fatores que a secretária enxerga como importantes para a redução dos números estão as políticas públicas de melhoria aplicadas à Saúde. São elas: a melhoria da cobertura na assistência da atenção primária ao longo de 2017, com maior alcance de consultas; melhoria na qualidade do atendimento de pré-natal; oferta de exames laboratoriais complementares às gestantes; redução a zero da demanda reprimida de ultrassom para gestantes; acompanhamento à gestante de risco habitual a partir da 36ª semana com obstetra; assistência ao parto, com redução de parto cesárea em 4%, gerando diminuição de riscos pós-parto; garantia da consulta mamãe/bebê até o 10º dia de nascimento; cuidados continuados com a mãe; consultas mensais de acompanhamento, crescimento e desenvolvimento das crianças de até 1 ano; e acesso à imunização dessas crianças.