Tratamento inovador contra varizes é oferecido a pacientes do SUS no Carlos Chagas

Ao menos 18 pessoas já foram atendidas com a técnica, custeada pela rede pública

Tratamento inovador contra varizes é oferecido a pacientes do SUS no Carlos Chagas
Foto: Acom FSFX

Já ouviu falar em utilização de espuma para tratamento de varizes? O procedimento existe e já está sendo utilizado em pacientes no Hospital Municipal Carlos Chagas, em Itabira, sob gestão da Fundação São Francisco Xavier. A técnica inovadora é realizada com o auxílio de um aparelho de ultrassom. Um medicamento em forma de espuma é injetado na veia doente para secar os vasos com má circulação do sangue.

Segundo a instituição, o procedimento utilizado no tratamento é formado por um esclerosante líquido, chamado Polidocanol, que é misturado com o ar e transformado em uma espuma que tem o aspecto parecido com uma espuma de barbear. O procedimento faz com que a espuma penetre na veia e cause uma reação inflamatória dentro do vaso sanguíneo provocando imediatamente uma contração involuntária e em seguida o fechamento dessa veia que estava atrapalhando a circulação venosa do paciente.

O procedimento já foi realizado em 18 pacientes no HMCC desde que foi implantado e em todos os casos foi notada uma melhora considerável no quadro. E pela primeira vez em Minas Gerais o tratamento está sendo custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Desde que assumimos o hospital não poupamos esforços para prestar um atendimento de qualidade a toda população. A FSFX é uma instituição reconhecida pela excelência em todos os seus processos e o objetivo é instituir esse mesmo modelo de gestão em Itabira. Com recursos do SUS vamos continuar implantando técnicas inovadoras para promover melhorias contínuas no Hospital Municipal Carlos Chagas”, afirma Ana Rosa dos Santos, superintendente do HMCC.

Indicação

Uma das principais vantagens dessa técnica é a ausência de cortes e internação, explica a médica. O procedimento é realizado em consultório sem a necessidade de anestesia e o paciente volta para casa no mesmo dia. Cada sessão dura em torno de 20 a 30 minutos e o paciente pode ir embora caminhando, não tendo necessidade de ausentar-se de suas atividades profissionais. A única recomendação é o uso de uma meia de compressão elástica por um período aproximado de 15 dias, após o procedimento.

A técnica da espuma é indicada para tratar pacientes com insuficiência venosa crônica, varizes calibrosas, úlceras de estase ou com risco aumentado para realizar a cirurgia por meio do tratamento convencional. A contra indicação é para pacientes alérgicos ao Polidocanol, com doenças arteriais ou gestantes.

“O procedimento é simples e dependendo da quantidade e do calibre das varizes, conseguimos tratar o paciente com apenas duas sessões em cada membro indicado. A técnica da espuma facilita ainda a cicatrização das feridas em casos de úlceras, dispensando a necessidade de cirurgia. É uma evolução nos tratamento de varizes, uma vez que é menos invasivo e com alta resolutividade”, concluiu Ana Rosa.

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