Semana da Cultura Popular: intervenção artística destaca a história indígena

Munidos de um figurino que representa a tribo Caiapó, os artistas circularam pelas avenidas da região central dançando ao som de tambores e registrando a estranheza desses povos com a civilização moderna

Semana da Cultura Popular: intervenção artística destaca a história indígena
Artistas fizeram intervenção no Centro de Itabira – Foto: Acom FCCDA

A Semana da Cultura Popular começou nessa quarta-feira, 22 de agosto, com uma intervenção pelas avenidas João Pinheiro e Carlos Drummond de Andrade. Na mesma data em que se comemora o Dia do Folclore Nacional, o Coletivo Viravoltear preparou uma coreografia que destacou e celebrou a história indígena – parte essencial da construção da identidade brasileira.

Munidos de um figurino que representa a tribo Caiapó, os artistas circularam pelas avenidas da região central dançando ao som de tambores e registrando a estranheza desses povos com a civilização moderna. A coreografia atraiu os olhares de quem passava pelos comércios de Itabira.

A Semana da Cultura Popular segue nesta quinta-feira, 23, quando alunos da rede municipal de ensino participam de atividades na Biblioteca Pública Municipal Luiz Camilo de Oliveira Netto, como contação de histórias, jogos e brincadeiras.

Depois, as atividades retornam no sábado, 25. Às 10h, o Grupo Cultural Meninas de Sinhá ministra a oficina “Balaio de Sinhá: Raiz, Agulha, Rosário e Pião”, que enfatiza elementos importantes da cultura popular a partir de objetos contidos em um balaio. A ação acontece no Teatro da FCCDA e as inscrições são gratuitas.

Mais tarde, às 19h, também no Teatro da FCCDA, o Grupo Cultural Meninas de Sinhá retorna para o show “Balaio da Sinhá”, que conta com um repertório de cantigas de roda e outras canções que são preservadas por 24 mulheres com idade média de 70 anos. As entradas são gratuitas, mas condicionadas à lotação do espaço – 410 pessoas.

Cultura afro

Encerrando a Semana da Cultura Popular, a Fazenda do Pontal recebe no domingo, 26, às 10h, a oficina “Bambá de Couve”, ministrada por Andrea Brandão e com inscrições gratuitas. Assim como muitas receitas da gastronomia brasileira e, principalmente, da cozinha mineira, o Bambá de Couve tem a sua origem nas senzalas e pelas mãos dos negros.

Nos idos do Brasil colônia, em Ouro Preto, a lida nas fazendas e na extração do ouro exigia uma alimentação substanciosa e forte. Os escravos, porém, não tinham recursos suficientes para grandes refeições. A solução era improvisar com os restos de comida da casa-grande. Foi assim que, entre outras receitas, surgiu o Bambá de Couve: uma mistura de mingau de fubá, couve picada e pedaços pouco nobres do porco, como a orelha e o pé.

Atualmente, a receita leva outras carnes – como linguiça, costelinha e toucinho magro (defumado ou não) – e se tornou um importante e saboroso item da cozinha mineira.

As inscrições para as oficinas “Balaio de Sinhá: Raiz, Agulha, Rosário e Pião” e “Bambá de Couve” devem ser feitas na FCCDA, das 8h às 18h.