Moda do futuro: fábrica inteligente produz roupa customizada em meia hora
A quarta revolução industrial vai mudar radicalmente a forma como se fabricam os produtos e como serão consumidos. Na moda, por exemplo, será possível encomendar à fábrica uma roupa exclusiva e tê-la pronta meia hora depois. A planta de confecção 4.0, desenvolvida por unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), é quase toda automatizada, possui […]
A quarta revolução industrial vai mudar radicalmente a forma como se fabricam os produtos e como serão consumidos. Na moda, por exemplo, será possível encomendar à fábrica uma roupa exclusiva e tê-la pronta meia hora depois. A planta de confecção 4.0, desenvolvida por unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), é quase toda automatizada, possui máquinas conectadas que produzem informações essenciais para tomada de decisão e aumento de produtividade.
Para iniciar o processo de compra de uma nova roupa, o consumidor se coloca diante de um espelho virtual, que possui uma câmera e é capaz de levantar as medidas do corpo da pessoa. Um robô colaborativo (que interaje com seres humanos sem machucá-los) confere então a rigidez muscular do cliente para conferir com precisão o tamanho a ser produzido. Em seguida, a peça é desenhada e transportada para uma mesa, que corta automaticamente o tecido com ajuda de câmeras com reconhecimento de bordas, economizando material.
Os profissionais de costura também ganham ajuda da tecnologia na nova fábrica. Um sistema de realidade aumentada ensina virtualmente a sequência de passagem da linha e um QR code posicionado no produto mostra a sequência de montagem da peça. Ao terminar, o costureiro insere uma etiqueta informatizada com a informações do cliente e envia a peça a outro equipamento, que a dobra e embala automaticamente. Em seguida, um robô armazena o produto utilizando um sensor RFID (identificação por rádio-frequência), que permite registrar sua posição exata no estoque.
Ao retirar o produto na loja, o consumidor apresenta o QR code recebido por email a um robô. Ao provar a roupa, ele tem ainda sua expressão facial lida por uma câmera. O objetivo é identificar a emoção do cliente e alimentar uma pesquisa de satisfação. Além de produzir de forma inovadora, o sistema também produz milhares de informações de todo o processo, utilizando tecnologias como internet das coisas e big data, que são armazemadas em nuvem. Esses dados servem para analisar com riqueza de detalhes o funcionamento da planta e são fundamentais para orientar decisões estratégicas. (Fonte Portal da Indústria)