“Nossa esperança é de um dia voltar”, diz moradora de comunidade evacuada em Barão de Cocais – VEJA VÍDEO
O ar fresco e a tranquilidade do distrito de Socorro, em Barão de Cocais (MG), não é mais a realidade da agente de saúde Isabel Cristina Batista, 45 anos. Desde o dia 8 de fevereiro, quando a sirene tocou pela primeira vez nas comunidades de Socorro, Tabuleiro, Piteiras e Vila do Gongo, a moradora da […]
O ar fresco e a tranquilidade do distrito de Socorro, em Barão de Cocais (MG), não é mais a realidade da agente de saúde Isabel Cristina Batista, 45 anos. Desde o dia 8 de fevereiro, quando a sirene tocou pela primeira vez nas comunidades de Socorro, Tabuleiro, Piteiras e Vila do Gongo, a moradora da área de autossalvamento e seus quatro familiares se viram fora do que chamavam de “sonho”. A família de Isabel passou 57 dias vivendo em um hotel, em Santa Bárbara, cidade vizinha. Encaminhados há cerca de 30 dias para uma casa provisória, Isabel ainda tem esperanças de voltar à comunidade. VEJA VÍDEO
Risco de rompimento
As comunidades de Socorro, Piteiras, Tabuleiro e Vila do Gongo foram evacuadas porque estão na rota da lama em caso de um eventual rompimento da Barragem Sul Superior, que guarda os rejeitos da mina do Gongo Soco, da Vale.
A Sul Superior está desde o dia 22 de março no nível 3 de gravidade, o máximo na escala que mede o risco de rompimento.
A situação se agravou desde que a Vale informou sobre a movimentação de um talude localizado na cava da mina, há 1,5 km de distância da represa de rejeitos.
Pelas projeções da Vale, o talude iria ruir até o sábado (25), mas a estimativa não se confirmou.
O temor é que a queda do paredão cause um abalo sísmico e resulte na ruptura da estrutura, mas a mineradora alega que não tem comprovações técnicas para apontar com precisão o impacto que o deslizamento do talude provocará.