Vereadores de João Monlevade estão decepcionados com reunião junto à GRS Itabira e pretendem acionar Ministério Público
Gerência afirmou que a Vigilância Sanitária Municipal, subordinada à Prefeitura, é a única responsável por fiscalizar os serviços de saúde em Monlevade
Decepcionante. É desta forma que os vereadores Pastor Carlinhos (MDB), Belmar Diniz (PT) e Thiago Titó (PDT) definem a reunião junto à diretoria da Gerência Regional de Saúde (GRS) Itabira. O encontro teria como objetivo esclarecer a competência da GRS Itabira na fiscalização da saúde em João Monlevade, em especial no que se refere à reativação do andar térreo do prédio do antigo Pronto Atendimento (PA) e ainda, qual o posicionamento da GRS no que diz respeito à implantação do Posto de Perícia Integrada (PPI), nos prédios anexos ao antigo PA.
Conforme declarado por Belmar Diniz à reportagem, os vereadores foram recepcionados pela nova diretora da gerência, Maria Aparecida Oliveira e integrantes de sua equipe. E a diretora foi enfática: quem é responsável por fiscalizar os postos de saúde de João Monlevade é a própria Prefeitura, por meio da Vigilância Sanitária (Visa) municipal. “A Prefeitura é responsável por fiscalizar a própria Prefeitura. Desde 1997, a Prefeitura tem essa gestão plena da saúde em Monlevade. A GRS Itabira não serve pra nada então”, frisou o vereador.
Os vereadores questionaram então de quem seria a responsabilidade de fiscalizar o PPI, onde funcionará também o IML. “Eles falaram que será de competência municipal. E que a autorização deve partir da Secretaria de Estado de Segurança Pública, não da GRS”, enfatizou Belmar.
As falas de Belmar foram confirmadas pelo vereador Pastor Carlinhos. “Continuo com meu lema de que GRS é Gente Reclamando de Saúde. O assessor da GRS Itabira que participou da reunião é formado em escorregar nas respostas. A GRS Itabira só atua se houver denúncia. Nem a prestação de contas de quanto foi investido no antigo PA eles têm. Perdemos foi nosso tempo. Vemos que ali é um dinheiro que o Estado joga no lixo”, disse o vereador.
Executivo também detém fiscalização sobre o Hospital Margarida
A diretoria da GRS Itabira ainda esclareceu aos vereadores que a fiscalização do Hospital Margarida também é de responsabilidade da Prefeitura. “Ou ao menos deveria ser. Eles explicaram que o Executivo de Monlevade sempre pede o suporte da gerência por acharem que não têm competência para liberar alvará”, enfatizou Belmar.
Vereadores devem acionar o Ministério Público
Como diligência da reunião, os vereadores devem acionar o Ministério Público. Isso porque entendem que a gestão plena, ou seja, a Prefeitura fiscalizar a própria Prefeitura, fere o princípio da isonomia. Pastor Carlinhos ainda quer entender quem autorizou a implantação de um Posto de Perícia Integrada no local citado. “Defendo que o local faz parte do anexo do antigo PA e tem que haver um desmembramento”, reforçou Pastor Carlinhos.