Após reforma, Igreja da Pampulha reabre as portas nesta sexta
Foi investido R$ 1,07 milhão na revitalização de piso, revestimentos, pinturas, impermeabilização e recuperação de elementos danificados, entre outras intervenções
Patrimônio Cultural Brasileiro e orgulho de todos os mineiros, a Igreja de São Francisco de Assis, conhecida também como Igrejinha da Pampulha, reabre as portas nesta sexta-feira, dia 4, depois de uma ampla reforma. Foi investido R$ 1,07 milhão pelo governo federal, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A igreja estava fechada para as obras desde julho do ano passado.
Os procedimentos de restauração incluíram revitalização de piso, revestimentos, pinturas, impermeabilização e recuperação de elementos danificados. Houve ainda a remoção do forro da nave, instalação de telhas e calhas, revisão da instalação elétrica e reforma dos sanitários. A obra foi executada pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e pelo Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais da Universidade Federal de Minas Gerais.
A cerimônia de entrega, marcada para as 9h30 de sexta-feira, será em uma data especial para os católicos, no dia de São Francisco de Assis, padroeiro dos animais e da natureza e patrono da igreja. Após a sua reabertura, já poderão ser agendados e realizados batizados, casamentos e missas.
História
Projetada por Oscar Niemeyer, a Igreja é reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro desde 1947. Ela está inserida no Conjunto Moderno da Pampulha, reconhecido como Patrimônio Mundial desde 2016. A convite do arquiteto modernista, importantes artistas colaboraram com a construção do templo: Cândido Portinari, nos painéis e pinturas; Alfredo Ceschiatti, nas esculturas; Paulo Werneck, nos painéis de arte abstrata em pastilhas e Roberto Burle Marx, no paisagismo do entorno.
Construída entre 1942 e 1943, o imóvel só foi entregue ao culto religioso mais de 15 anos depois, no final da década de 1950. Isso ocorreu devido à recusa de Dom Cabral, primeiro arcebispo de Belo Horizonte, em consagrar a Igreja enquanto casa de Deus, em razão de suas formas modernas, que contrariavam os padrões comumente utilizados em templos religiosos da época. (Fonte Iphan)