Barragens de Itabiruçu e Santana são elevadas a nível 1 de risco de alerta

Agora são três barragens neste estágio de alerta em Itabira: Itabiruçu, Santana e Pontal

Barragens de Itabiruçu e Santana são elevadas a nível 1 de risco de alerta
Foto: Divulgação
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As barragens de Itabiruçu e Santana, em Itabira, foram elevadas nesta segunda-feira (21), ao nível 1 de risco de rompimento. A informação foi passada primeiro pelo presidente do Sindicato Metabase, André Viana, e confirmada pela Defesa Civil de Minas Gerais. Segundo o sindicalista, a Vale pretende realizar estudos geotécnicos mais aprofundados nas duas estruturas.

Itabiruçu passa por processo de alteamento, ação que eleva a capacidade de armazenamento de rejeitos da estrutura. As obras, no entanto, estão suspensas desde 27 de julho, por causa de alterações no terreno apontadas por técnicos da mineradora. No dia 1º de agosto, a empresa retomou os serviços no local, mas apenas com atividades complementares ao alteamento, como a construção de um aterro de impermeabilização do talude e da instalação dos filtros. Agora, com a nova decisão, todas as movimentações serão interrompidas por 30 dias.

Com a paralisação, também estão suspensas as remessas de rejeitos para a barragem, responsável por absorver os restos das atividades da usina de Conceição. A medida, dessa forma, impacta diretamente na produção da Vale em Itabira.

A elevação do nível de risco foi confirmada a DeFato Online no fim da tarde desta segunda-feira pelo superintendente de gestão do risco de desastre da Defesa Civil de Minas Gerais, major Marcos Afonso Pereira. Segundo ele, a medida é preventiva e a Vale já estudava realizar esses estudos mais aprofundados no ano que vem, mas decidiu adiantar a medida.

Agora, são três barragens em Itabira em nível 1 de risco de alerta: Itabiruçu, Santana e Pontal (desde abril). Isso significa estado de prontidão, indicando situação adversa na estrutura e controlável pela empresa. Nesta escala, segundo a legislação, não há a necessidade de retirada de moradores nas áreas denominadas zonas de autossalvamento (ZAS).