Licenciamento para expansão de mina em Barão de Cocais é adiado
Pedidos de vista de conselheiros da Câmara de Atividades Minerárias (CMI) deixou decisão para o mês de novembro
O licenciamento requerido pela MR Mineração para expandir a mina do Baú, em Barão de Cocais, teve decisão adiada na última sexta-feira (25). Três conselheiros da Câmara de Atividades Minerárias (CMI), órgão ligado ao Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), pediram vista ao processo. Assim, a aprovação ou rejeição à solicitação ficará para a próxima reunião da CMI, em novembro.
A mina do Baú produz hoje 300 mil toneladas de minério de ferro por ano. A MR Mineração requer, ao mesmo tempo, as licenças prévia (LP), de instalação (LI) e operação (LO) para passar a extrair 4,5 milhões de toneladas por ano, 15 vezes mais que a capacidade atual.
A licença requerida é para dez anos. A empresa prevê 20 meses de obras após a obtenção das autorizações ambientais. Serão necessárias algumas empreitadas essenciais, como abertura de acessos, implantação da pilha de estéril e a instalação de uma unidade de tratamento a seco móvel.
Segundo a MR Mineração, a projeção é de que a expansão gere até 150 novas vagas de emprego na mina em Barão de Cocais, entre oportunidades diretas e indiretas. Ainda de acordo com a empresa, serão realizadas atividades que favoreçam o acesso da população local às vagas a serem criadas, observando a disponibilidade de pessoas com formação e perfil profissional adequados às demandas específicas de cada vaga.
Histórico
A mina do Baú é um empreendimento que a princípio foi aberto pela Vale, detentora do direito minerário da área. Em 2014, a multinacional firmou um contrato de arrendamento com a MR Mineração, que assumiu a operação. A mina está localizada na divisa entre Barão de Cocais e Santa Bárbara, muito próximo à região de Gongo Soco, área que sofre os reflexos do risco iminente de rompimento da barragem Sul Superior, da Vale.
A mina do Baú está com as atividades paralisadas desde que a Defesa Civil bloqueou as estradas próximas à barragem problemática, o que inclui o pequeno trecho da ponte da comunidade de Socorro, que dá acesso ao empreendimento da MR Mineração. A expectativa da empresa é de que a produção seja retomada em dezembro deste ano, depois que a Vale liberar o muro que constrói nas imediações de sua estrutura de contenção de rejeitos.