Justiça determina soltura de Nenzinho e Pastor Ailton
Os dois são acusados de praticar, por mais de dois anos, o crime conhecido como “rachadinha”
A juíza Dayane Rey da Silva, da 1ª Vara Criminal e da Infância e Juventude de Itabira expediu nesta quinta-feira (7) o alvará de soltura do vereador Weverton Júlio Limões “Nenzinho” (PMN) e o ex-diretor administrativo da Câmara Municipal de Itabira, pastor Ailton Francisco de Moraes. Os dois são acusados de praticar, por mais de dois anos, o crime conhecido como “rachadinha” – que é quando o agente político usa parte do salário de servidores em benefício de si próprio ou de terceiros.
Nenzinho e pastor Ailton estão presos desde o dia 2 de julho no presídio de Itabira. Os dois acusados foram denunciados pelos crimes de concussão, associação criminosa, usurpação de função pública e improbidade administrativa. A expectativa é que eles deixem a unidade prisional ainda nesta quinta-feira.
Em entrevista ao repórter Thales Benício, colaborador do Grupo DeFato, a advogada do vereador Nenzinho, Juliana Drumond, disse o cliente e o ex-diretor da Câmara foram liberados “por falta de provas”.
“O processo corre em segredo de justiça. Houve alguns embaraços e a decisão foi tomada devido já ter quatro meses em que eles estão presos e não há possibilidades de proferir a sentença por falta de provas. Então, a prisão foi revogada para ter mais tempo de análise do processo para que a juíza possa dar uma sentença. Foram vários pedidos de habeas corpus, de liberdade e revogação da prisão que foram negados, mas desta vez, graças a Deus, a gente viu que o trabalho foi conduzido da melhor maneira para que de forma justa chegasse na revogação da prisão’’ disse Juliana Drumond.
Foragido
No dia 16 de julho, a Justiça determinou a prisão de mais um vereador: Agnaldo Vieira Gomes “Enfermeiro”, do PRTB. O motivo também seria a prática de “rachadinha”. Desde esta data, no entanto, o parlamentar encontra-se foragido.
Por conta das denúncias, a presidência da Câmara exonerou o pastor Aílton da direção da Casa, no mesmo dia da sua prisão. Em seu lugar assumiu o advogado Edson Renato de Souza. Os vereadores Nenzinho e Enfermeiro também foram afastados do cargo. Assumiram as cadeiras os suplentes José Júlio Rodrigues (PP) e Luciano Gonçalves dos Reis (PRTB).