Alerta: barragem de Brucutu atinge nível 1 de emergência e tem paralisação imediata
Com paralisação, Brucutu vai operar com cerca de 40% de sua capacidade
A Vale informou nesta segunda-feira (2) que suspendeu preventivamente o uso da barragem de Laranjeiras, localizada em Barão de Cocais. A estrutura recebe os rejeitos da mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo, que, devido à situação, terá sua capacidade produtiva reduzida a 40%.
De acordo com a Vale, a decisão foi precisa para que sejam conduzidas “avaliações sobre as características geotécnicas da barragem”. A estimativa é de que a paralisação dure entre 1 e 2 meses. Nesse período, a estrutura será elevada ao nível 1 de emergência, de acordo com parâmetros da Agência Nacional de Mineração (ANM). Nesse estágio não há necessidade de evacuação da população a jusante.
“A barragem Laranjeiras teve sua Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) emitida em 30 de setembro de 2019, que permanece válida”, comunicou a mineradora, em nota encaminhada à imprensa.
A paralisação em Laranjeiras é semelhante à que foi adotada pela Vale nas barragens de Itabiruçu e Santana, em Itabira. Como aconteceu nas operações itabiranas, a suspensão das atividades também impacta na capacidade produtiva em Brucutu. A mina em São Gonçalo do Rio Abaixo ficará restrita às operações por processamento a úmido com rejeito filtrado e empilhado. A estimativa é de que a mina deixe de produzir, aproximadamente, 1,5 milhão de toneladas de minério de ferro por mês.
Prefeitura quer mais informações
Diante dessa situação, a Prefeitura de São Gonçalo solicitou à diretoria da Vale e aos responsáveis pela mina de Brucutu, um diagnóstico com mais informações sobre a barragem. A medida é para que o município tome as providências cabíveis para garantir a segurança da população.
A Prefeitura de São Gonçalo ressalta ainda também que as ações e projetos em execução seguem garantidos. Conforme, nota, “o Executivo lamenta a suspensão das operações da barragem e reafirma sua posição de que a segurança da população tem que ser prioridade”.