Falta de provas ainda emperra conclusão de mais da metade dos homicídios em Itabira

“Sem provas a juíza não vai conceder a prisão”, destacou o delegado.

Falta de provas ainda emperra conclusão de mais da metade dos homicídios em Itabira
Helton Cota é o delegado regional à frente da 3ª Delegacia de Polícia Civil, em Itabira.
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Itabira já registrou 21 homicídios em 2019. De acordo com o delegado regional de Polícia Civil, Helton Lopes Cota, a falta de provas ainda emperra a conclusão de mais da metade dos assassinatos. A maioria dos crimes estão diretamente relacionados ao tráfico de drogas. 

“Acredito que em 70% dos homicídios deste ano a gente sabe quem são os autores. Mas não basta saber. Temos que mostrar provas e colocar isso dentro do inquérito e levar para a Justiça. Homicídio é um crime muito complexo de se investigar. Então, apesar de saber quem é o autor, não necessariamente conseguimos juntar provas contra ele. Por isso é importante a denúncia anônima feita pela sociedade. Sem provas a juíza não vai conceder a prisão”, destacou o delegado.

Com 11 anos de carreira, Helton Cota assumiu a 3ª Delegacia Regional de Polícia Civil em fevereiro e, desde então, vem trabalhando para solucionar os crimes ocorridos nos 11 municípios de sua responsabilidade. “Em nome da Polícia Civil eu digo que vamos dar uma resposta muito em breve”, declarou.

Para encerrar os inquéritos, o delegado conta com a ajuda da população. Ele pede quem tenha informações sobre quaisquer crimes, tais como homicídio, assalto, tráfico de drogas, arrombamento, porte ilegal de armas, sequestro, atividades ilícitas, foragidos ou procurados pela polícia que estejam escondidos em algum local, ligue para o número 181 ou procure a Delegacia, localizada na avenida Carlos Drumond de Andrade, nº 50, Centro.

Disque Denúncia

No Disque Denúncia 181 a identidade do denunciante e denunciado é preservada. Para denunciar, basta ligar, gratuitamente, para o número 181. O Disque Denúncia funciona com uma central de atendimento unificada, formada por profissionais treinados e capacitados que trabalham em regime de 24 horas para atender à população.

O informante não precisará se identificar e sua ligação será mantida em sigilo absoluto. O denunciante receberá uma senha para acompanhamento da investigação e, depois de um prazo mínimo de três meses, poderá solicitar, pelo mesmo número, informações sobre o andamento das investigações.