Caso Backer: saiba por que mais pessoas se intoxicaram no bairro Buritis

Segundo a Polícia Civil, ao todo foram 10 vítimas no bairro da Região Oeste de Belo Horizonte. Inquérito foi apresentado nesta terça-feira

Caso Backer: saiba por que mais pessoas se intoxicaram no bairro Buritis
Primeiros casos da doença provocada pelo dietilenoglicol na cervejas Backer foram noticiados no Buritis – Foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press

Durante a apresentação do resultado do inquérito que investigou a contaminação de cervejas da fabricante mineira Backer por dietilenoglicol, a Polícia Civil explicou o motivo de boa parte dos pacientes vítimas da síndrome nefroneural, ligada à ingestão da substância, terem sido identificadas no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte.

Primeiramente, o delegado Flávio Grossi, responsável pelas investigações, informou que o total de vítimas pela cerveja Backer mudou. Eram 42, mas 13 foram retiradas do inquérito ao longo dos cinco meses de investigação. Três por se recusarem a fazer exames e 10 por fatores médicos. Assim, a Polícia Civil trabalha com 29 vítimas, sete fatais e 22 sobreviventes. Além disso, ainda há 30 pessoas em análise.

Segundo a polícia, 10 vítimas se contaminaram no Buritis, mais de um terço do total. O motivo está relacionado à distribuição das cervejas Backer no fim do ano passado. O delegado explicou que, via de regra, as grandes redes de supermercados compram as cervejas e remetem aos centros de distribuição, mas um estabelecimento no Buritis recebeu uma entrega direta. “Na Black Friday, a rede fez uma compra na cervejaria e ela entregou para um supermercado da rede no Buritis”, explicou.