O Cruzeiro e seu 2019 que parece não ter fim
Missão do acesso fica cada vez mais complicada para a Raposa
2019, inquestionavelmente, foi o pior ano da história do Cruzeiro. A temporada inicialmente promissora, com o time de Mano Menezes entrando como um dos favoritos em todas as competições, terminou com um inédito rebaixamento à Série B.
E não só isso: escândalos de corrupção dentro do próprio clube mancharam uma das trajetórias mais corretas do futebol nacional. Concluída aquela etapa do sofrimento, após o fatídico jogo contra o Palmeiras no Mineirão, era esperado, pelo menos, que as coisas melhorassem um pouco. Até porque piorar era difícil.
Mas o Cruzeiro não se cansa de decepcionar seu torcedor. Na primeira disputa de 2020, o Campeonato Mineiro, a Raposa já protagonizou péssima campanha, sem nem conseguir uma vaga entre os quatro classificados às semis. Na Série B, a coisa está ainda pior.
Se não era esperada uma campanha soberana na competição, semelhante àquelas protagonizadas por outros gigantes já rebaixados, era obrigação do time estar, pelo menos, no pelotão de cima. Mas a realidade é outra. O Cruzeiro, atualmente, é o 15º colocado da segunda divisão, com o mesmo número de pontos que o Guarani, primeiro da zona da confusão, como diria o profexô.
A derrota no último sábado, para o CSA, até então lanterna da competição, simboliza o buraco em que o clube se enfiou. Ok, o jogo foi fora de casa e o técnico está chegando agora, mas nada justifica, nada!
E não pense que este e outros reveses estão aliados apenas ao fator campo. O time do Cruzeiro hoje é apenas um espelho do clube, cujo comando mudou de mãos, mas a mentalidade continua a mesma. A gestão Sérgio Santos Rodrigues assumiu a instituição prometendo fazer uma limpa, mas ainda abriga em seu colo vários figurões diretamente responsáveis pela crise cruzeirense (não é, Benecy?).
Trocas de treinadores, derrota para o CSA, dirigentes que não acrescentam nada ao clube… Estamos em 2020, mas o 2019 do Cruzeiro parece nunca acabar.
Victor Eduardo é jornalista e escreve sobre esportes em DeFato Online.
O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.