Personagens itabiranos: Coronel José Baptista e José de Grisolia
Itabira 172 anos – Relembre personalidades que marcaram a história do município
Aos 172 anos, Itabira carrega em seu colo personagens muito importantes à sua história. São muitas as personalidades que contribuem com a narrativa da cidade. Algumas dessas figuras são: Coronel José Baptista e José de Grisolia
Coronel José Baptista
Nascido na Fazenda da Figueira, em Nova Era, em 8 de Maio de 1845. José Baptista Martins da Costa era filho de Joaquim Martins da Costa e de Regina Antônia Martins da Costa. Aos 13 anos de idade ingressou no Volégio do Caraça, onde fez o curso de Humanidades. Em Itabira, onde viveu praticamente toda a sua vida, recebeu o título de Coronel. Tornou-se comercialmente próspero. Iniciou a vida na vida pública, elegendo-se vereador, tendo sido presidente da Câmara, cargo que correspondia ao de agente administrativo ou prefeito, de 1900 a 1912, e de 1916 a 1917.
Foi responsável pelo início da instalação da usina elétrica de Ribeirão São José, que por longos anos atendeu à cidade e, pela implantação das principais redes de água, de esgoto e chafarizes. Em 1907 instalou o primeiro grupo escolar de Itabira e o segundo de Minas Gerais, inicialmente denominado Grupo Escolar Dr Carvalho de Brito, e hoje Escola Municipal Coronel José Batista. Casou-se com sua prima Joana Senhorinha Martins da Costa, com quem teve seis filhos. Morreu em 12 de julho de 1918, um ano após se afastar do governo municipal.
José de Grisolia
Filho de Francisco Grisolia e de Raimunda Grisolia, José de Grisolia nasceu em Itabira no dia 21 de dezembro de 1889. Formou se em medicina e foi um dos fundadores do Ginásio Sul-Americano, do qual foi diretor e professor. Dirigiu também o Hospital Nossa Senhora das Dores.
Sua grande atuação como médico se deu no ano de 1918, por ocasião da epidemia de Gripe Espanhola que se instalou no Brasil. Elegeu-se prefeito de Itabira por dois mandatos: de 1945 a 1946 e de 1948 a 1951. Nem a doença parava José de Grisolia: nos intervalos das piores crises punha-se a trabalhar, contratariando ordens médicas. Via doentes, dava aulas e fazia recomendações.
Casou-se com Maria de Lourdes Jardim de Grisolia, com quem teve seis filhos. Quando se descobriu doente, preparou-se para a morteq. Chamou o barbeiro e mandou que lhe aparasse a barba e os cabelos, argumentando que no céu não se aceitava gente cabeluda. Redigiu a notícia de sua morte e o convite para o enterro, em linguagem simples. Morreu em Itabira no dia 15 de agosto de 1951.