Personagens itabiranos: Batistinha e Zé Lopão

Itabira 172 anos – Relembre personalidades que marcaram a história do município

Personagens itabiranos: Batistinha e Zé Lopão
Foto: Divulgação

Resgatar a história dos personagens que há séculos contribuem com a história de Itabira é relembrar um passado de lutas, viver o presente com alegria e acreditar um futuro de realizações.  São muitas as personalidades que protagonizam o enredo e a memória do município.  Hoje, vamos relembrar duas pessoas que somaram à narrativa do município: Batistinha e Zé Lopão

José Baptista Martins da Costa Filho (Batistinha)

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Contador de histórias, irreverente, noctívago, boa-vida, colecionador de palíndromos, charadas e receitas de quitutes, pudins e guisados. A vida sem humor não vale a pena, legou Batistinha, filho do Coronel José Baptista, que foi prefeito de Itabira e de Joana Senhorinha Martins da Costa.
Foi professor de desenho no Colégio Sul-Americano e comerciante: administrou, com aspas, a loja das Palmeiras – não tinha jeito para o ofício, “confiava em qualquer um que lhe fizesse promessa de pagamento futuro”, conta a neta Maria Inês Lodi.

Prateleiras vazias e loja fechada, foi cuidar de coisa melhor: desenhar mulheres nuas para alegrar garotos de escola . Empenhou-se pela educação em Itabira e doou à Prefeitura um terreno da rua Guarda Mor Custódio, no centro, onde hoje é o Largo do Batistinha. Casou-se com Dolores Andrade e teve seis filhas. Morreu em agosto de 1951. Permanece como história e inspiração.

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Monsenhor José Lopes (Zé Lopão)

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Ao falar de Monsenhor José Lopes, o Zé Lopão, a imagem surge muito nítida: um homenzarrão de cabelos brancos, rigoroso, casmurro, de voz forte e batina escura, com botões que não acabam mais. Filho de Telesphoro Lopes do Santos e de Regina Lopes dos Santos, nasceu em Viçosa no dia 22 de abril de 1904. Ordenou se padre no seminário de Mariana em novembro de 1928. Em Mariana, lecionou Latim, Matemática e História da Igreja. Chegou a Itabira em 1946, sendo vigário da Paróquia do Rosário e celebrante da Catedral. Em 1970, voltou à atividade de educador ao ser nomeado diretor da Escola Estadual Mestre Zeca Amâncio (Eemza). Em 1974 formou-se pela faculdade de Direito do Oeste de Minas, em Divinópolis.

Energético até demais, segundo alguns, doce e bem humorado, segundo os amigos mais próximos. Todos têm um caso de Zé Lopão para sacar de imediato nas rodas de conversa. Morreu em 4 de junho de 1996, tendo sido sepultado na Igreja do Rosário, em Itabira.