Inclusão e diversidade como diferenciais competitivos

Em busca de um ambiente cada vez mais diverso, a Anglo American atua em frentes como equidade de gênero, étnica, de pessoas com deficiência e LGBTQ+

Inclusão e diversidade como diferenciais competitivos
Grupos de discussão WoMine. Foto: Divulgação Anglo American

Uma equipe diversificada é sinônimo de crescimento e inovação. Por isso, é importante construir um ambiente em que a diversidade e a inclusão são valores primordiais. É com essa visão que a Anglo American vem implantando, desde 2018, ações estruturadas que visam mudar a forma como a empresa pauta essa temática.

Alinhados à estratégia global do grupo, os trabalhos no Brasil tiveram início com o treinamento de uma turma de empregados de diferentes áreas, que foram responsáveis por disseminar as iniciativas de inclusão e diversidade na empresa. Eles também conduziram os treinamentos no tema para 100% da liderança do grupo no país.

De acordo com Roberta Randazzo, gerente de RH da empresa, a capacitação dos líderes é um pilar essencial do processo de mudança. “Um ambiente verdadeiramente inclusivo necessita de gestores preparados. Por isso, o treinamento específico para isso foi iniciado em 2018 e já podemos ver o resultado em nossas unidades”, explica.

Em 2019, foram implantados nas operações brasileiras grupos de afinidade por tema, com o objetivo de discutir, refletir e construir ações de inclusão e diversidade no âmbito da equidade de gênero, LGBTQ+, etnia/raça, pessoas com deficiência e geracional. O primeiro a ser implantado foi o grupo de equidade de gênero, chamado WoMine, que já possui planos de ação sendo implementados. O grupo de etnia/raça está em andamento e ainda este ano iniciaremos o grupo LGBTQ+.

Os esforços da empresa já são reconhecidos. Em 2019, a Anglo American foi aceita pela Organização das Nações Unidas (ONU Mulheres) como empresa signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres. A meta da companhia é ter 33% dos cargos de liderança ocupados por mulheres até 2023. Licença parental e trabalho com horário flexível são temas que vêm sendo discutidos, em nível global, pela organização.

Conscientização dos empregados Foto: Divulgação Anglo American

Outras frentes também estão sendo trabalhadas, como é o caso de diversidade étnica, que consiste na elaboração de ideias e propostas que beneficiem a inclusão de diferentes etnias nas unidades da empresa.

Combate ao bullying e ao assédio

A Anglo American investe, ainda, em políticas e normas voltadas à construção de um ambiente propício, harmônico e mais seguro para seus empregados. Aqui, o destaque é a política contra bullying, assédio e retaliação. Com o objetivo de que todos os trabalhadores tratem e sejam tratados com cuidado e respeito, foi implantada uma política de tolerância zero em relação a atos de desrespeito aos colegas.

Para Ana Sanches, diretora Financeira e executiva à frente das ações de diversidade na empresa, mudanças profundas nessa área só podem ser alcançadas por meio de um trabalho diário e não uma imposição da direção. “Tão importante quanto implantar novas políticas internas na empresa é trabalhar para mudar também a cultura corporativa. O trabalho constante com todos os empregados para ampliar a inclusão e eliminar comportamentos danosos é um fator essencial. Esse é um caminho que estamos trilhando de forma bastante firme com a criação de grupos de trabalho e multiplicadores nas áreas”, afirmou.

Seleção às cegas

A busca por diversidade passa por todos os setores da empresa e já chegou ao processo seletivo. Mesmo antes das medidas de distanciamento social impostas pela pandemia, a companhia realizou um programa totalmente virtual e com utilização de inteligência artificial, o Jovens Profissionais. Nele, a seleção foi feita “às cegas”, ou seja, nenhum profissional de Recursos Humanos teve acesso ao perfil dos participantes, apenas ao conteúdo enviado por eles como resposta às fases do processo, priorizando as capacidades e o potencial de cada candidato.

Cerca de 12.607 pessoas acessaram a plataforma de inscrição e 2.577 enviaram o vídeo que era exigido na primeira etapa. O processo dispunha de 30 vagas e 43% das pessoas contratadas foram mulheres.