O verdadeiro significado do Natal

Leia o novo texto do colunista da DeFato Online, Vagner Miranda

O verdadeiro significado do Natal
Foto: Reprodução / Internet

Há quem pense no natal como um dia para “beber todas”; há quem acredite que é o dia de fazer as pazes (por que passar o ano brigado?); há quem o veja como o dia de reunir toda a família ( isso seria muito bom, não fosse o isolamento social). Mas, qual, de fato, é o verdadeiro significado do Natal? Bom, o Diabo, o Enganador, como na Bíblia ele é chamado, não é fácil, em duas datas do nosso calendário cristão em que se faz menção a Jesus Cristo, ele se encarregou de tira-Lo do papel principal e o colocou como um mero
coadjuvante, claro, ele o fez com o consentimento dos homens. Na páscoa, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo foi substituído pela figura de um coelhinho e chocolates. No Natal, pela figura de Papai Noel e seu saco de presentes, sem perceber tiramos das nossas crianças a compreensão do real significado que essas datas representam.

Voltemos ao Natal, a palavra Natal significa nascimento. Diferente de nós, o nascimento de Jesus, não marca o início da sua existência, sua origem é eterna. (“E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.” Miqueias 5:2). Ele é Deus! (“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”- João 1:1). Então, o que o nascimento de Jesus significa para nós, quais os seus objetivos?

O primeiro deles é a COMUNICAÇÃO (“Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam, mas agora não tem desculpa do seu pecado” – Jo.15:22). Conta-se uma história inusitada de um homem que se converteu a Cristo observando a comunicação das formigas, ele percebeu que havia uma forma própria delas se comunicarem e concluiu: eu jamais poderia me comunicar com elas, a não ser que eu fosse uma formiga. Pensando assim, ele pode entender por que Deus se fez homem e habitou entre nós (“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” – João 1:14). Jesus Cristo é a Palavra de Deus em forma humana. Ele nasceu para comunicar a verdade de que somos todos pecadores, sem exceção (“…pois todos pecaram e carecem da glória de Deus…” – Romanos 3:23).

O segundo objetivo do nascimento de Jesus é o EXEMPLO (“Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais nenhum outro fez, pecado não teriam…” João 15:24). Antes de Cristo não tínhamos outra referencia se não a do pecado. Ele nasceu para nos mostrar como de fato deve viver um filho de Deus, como deve ser o seu relacionamento com o Pai. Se o que sabemos sobre Jesus não transforma quem somos, não entendemos ainda o verdadeiro sentido de Sua revelação. É por isso que a Bíblia convida todo cristão a ser um imitador de Cristo (“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” – 1 Coríntios 11:1).

Negligência, ignorância ou desobediência é o que mantém as pessoas atualmente enredadas em seus pecados. Negligenciam as oportunidades de conhecerem melhor a Cristo, as Escrituras O define (“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” – João 5:39). A Bíblia contém quatro Evangelhos que são as biografias de Jesus Cristo, após os Evangelhos, os ensinos apostólicos de como viver a vida cristã, esse é o conteúdo do Novo Testamento, você o conhece? Se não, você está entre os ignorantes, como ser livre, se é o conhecimento da Verdade que nos liberta? (“conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”). Agora, se você sabe a verdade e prefere permanecer na mentira, sabe o que é certo e continua fazendo o que é errado, escolhendo não seguir como referência a Cristo e aos seus imitadores, você está em declarada desobediência. Aprendi que, como um bom cristão, antes de dizer ou fazer algo eu tenho que fazer a seguinte reflexão: “Se Jesus estivesse em meu lugar, o que Ele faria ou diria nessa situação?”.

E o terceiro objetivo é o SACRIFÍCIO. A regra divina é clara (“…o salário do pecado é a morte…” – Romanos 6:23). Jesus nasceu para morrer, em nosso lugar (“No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” – João 1:29). Na lei de Deus um cordeiro deveria ser sacrificado para perdão dos pecados, Jesus o foi. Dessa maneira Deus provou o seu amor por cada um de nós (“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” – Romanos 5:8 / “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crê não morra, mas receba a vida eterna.

Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” – João 3:16,17).
Diferente do Papai Noel, o Papai do céu nos deu de presente, não brinquedos ou a realização de nossos desejos, mas a satisfação da nossa maior necessidade: o perdão dos nossos pecados, por meio do Seu único Filho Jesus. Ele pagou a nossa dívida (“tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz;” –
Colossenses 2:14).

Concluindo, Ele nasceu para nos convencer de nossos pecados (comunicação); Ele nasceu para se tornar uma referência para nós (exemplo); Ele nasceu para pagar a nossa dívida (sacrifício). Como em todo Natal não pode faltar a troca de presentes, se o Papai do céu nos deu o Seu filho e através Dele a salvação, que presente Ele gostaria de receber de nós? No Seu Livro Sagrado, Ele deixou uma “meinha” pendurada na janela do nosso coração, com os seguintes dizeres: “Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.” – Provérbios 23:26). Em toda Bíblia, você não vai encontrar algo que Deus deseje tanto.

A mensagem Dele para nós no Natal é: Arrependei-vos e convertei-vos a Jesus Cristo. E só assim tenha um FELIZ NATAL!

Vagner Miranda é pastor da Igreja Halleluyah em Itabira. O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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