Família busca por funcionário de terceirizada da Vale que sumiu em Itabira

Um homem está desaparecido em Itabira e a família procura desesperadamente por ele desde o dia 3 de março. Claudecir Francisco da Silva, de 42 anos, é natural do município de Barroso, vizinho a Barbacena. Ele é funcionário da MIP Engenharia e, há cerca de seis meses, presta serviços de carpintaria em Itabira

De acordo com sua esposa, Andrea Carla Barbosa Secco, sempre que estava em Itabira, Claudecir ficava em um alojamento da empresa no Bairro Pará. “Estamos juntos há oito anos e temos dois filhos, gêmeos, de sete anos. Por isso, ele vinha para casa uma vez por mês. A última vinda foi quando o pai dele faleceu no dia primeiro dia de março. No dia 3, ele saiu de casa por volta das seis da manhã para ir para Itabira”, lembra Andrea.

Ela explica que Claudecir é um dependente químico. “Ele tem problema com vício em bebida. Às vezes passa muitos meses sem beber nada, mas não consegue segurar muito tempo. Nesse dia do sumiço, ele já tinha bebido quando chegou em Itabira. Pelo que falaram, ele deixou as malas no alojamento e saiu de novo. E não viram ele mais. Ninguém nunca mais viu ele”, explica.

A esposa conta que tentou contato por telefone inúmeras vezes. De acordo com ela, o telefone chamou por cerca da quatro dias, mas ninguém atendia. “Depois disso, mudaram a foto de perfil do Whatsapp dele. Estava com a palavra “luto”, por causa do pai, e trocaram. A partir daí, a gente não consegui mais completar ligação e nem mandar mensagem”, narra Andrea Secco.

Andrea deixa claro que esse tipo de comportamento não é comum ao marido. “Nos falamos todos os dias, três vezes por dia. A família não sabe mais o que fazer. Ele nunca ficou todo esse tempo sem entrar em contato. E, apesar da bebida, ele é trabalhador, uma pessoa de bom coração e um bom pai. As crianças são muito agarradas com ele. Estamos sentindo muita falta dele”, se emociona.

Buscas iniciadas

Segundo a esposa, depois de seis dias do desaparecimento de Claudecir, ela fez um boletim de ocorrência na delegacia de Barroso. “Eles informaram que iam entrar em contato com a polícia de Itabira para começar as buscas. Mesmo assim, postei nas redes sociais avisando que ele estava desaparecido”.

Mas, esse não foram os únicos meios que ela procurou para buscar pelo marido. “A gente, da família, não tem condições de ir até Itabira para procurar por ele. Por isso, eu entrei em contato com a empresa onde ele trabalha. Fui atendida por um rapaz que me disse que eles não tinham porque procurar por ele. Alegaram que só tem responsabilidade pelo que acontece dentro da empresa ou do alojamento”, descreveu indignada.

Ainda assim, Andrea não desistiu. “Para mim, eles deveriam ajudar porque Claudecir estava longe de casa atendendo à empresa. Eu cheguei a buscar ajuda de um advogado. Estamos aguardando um retorno. Agora, a empresa só nos responde dizendo que estão procurando por ele”, desabafa.