Vítima feminina é mais uma encontrada da tragédia em Brumadinho

Corpo foi encontrado na tarde da última terça-feira (24) e Polícia Civil realiza perícia para identificação da vítima

Vítima feminina é mais uma encontrada da tragédia em Brumadinho
(Foto: Divulgação CBMMG)

O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) encontrou na tarde desta terça-feira (24) mais uma vítima da tragédia do rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Segundo trabalho de perícia realizado pela Polícia Civil, a vítima se trata de uma mulher, que foi localizada na região do Remanso 1, próximo a comunidade de Córrego do Feijão.

Pelo local e pelos indícios que foram encontrados na área, acredita-se que estruturas de concreto que foram carregados pelo fluxo de rejeitos e que estavam próximas, possam ter garantido uma maior integridade e preservação do corpo.

Assim que o corpo foi encontrado, ele foi entregue à Polícia Civil para realização de perícia. A comissão das famílias também foi devidamente notificada. Atualmente, das 270 vítimas fatais, 260 já foram localizadas pelas equipes do Corpo de Bombeiros e 10 pessoas ainda estão desaparecidas.

Operação dos bombeiros

A identificação do corpo é resultado do trabalho de mais de 942 dias, realizado pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. Por meio da aplicação de modelos preditivos e matemáticos, utilização de equipamentos de ponta e de estratégias implementadas por especialistas da Corporação, os bombeiros continuam garantindo a dignidade e respeito aos envolvidos na tragédia.

Bombeiros identificam mais um corpo em Brumadinho
(Foto: Divulgação CBMMG)

Sobre a tragédia

O rompimento de barragem em Brumadinho em 25 de janeiro de 2019 foi o maior acidente no trabalho do Brasil em perda de vidas humanas e o segundo maior desastre industrial do século. Foi um dos maiores desastres ambientais da mineração do país, depois do rompimento de barragem em Mariana.

Controlada pela Vale S.A., a barragem de rejeitos denominada barragem da Mina Córrego do Feijão era classificada como de “baixo risco” e “alto potencial de danos” pela empresa. Acumulando os rejeitos de um mina de ferro, ficava no ribeirão Ferro-Carvão, na região de Córrego do Feijão, no município de Brumadinho, estado de Minas Gerais.