Mãe é presa suspeita de torturar a própria filha de 1 ano, em BH

A mulher ainda relatou, durante prisão, que está grávida

Mãe é presa suspeita de torturar a própria filha de 1 ano, em BH
Delegada Iara França e a chefe do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família, delegada-geral Carolina Bechelany (Foto: Divulgação PCMG)

Uma mulher de 19 anos foi presa pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), suspeita de torturar a própria filha, que tem um ano e dois meses de idade. A prisão preventiva foi realizada na última sexta-feira (12), em Belo Horizonte.

Policiais da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente cumpriram o mandado de prisão preventiva expedido contra a mulher, que foi presa no bairro Vila Barragem Santa Lúcia, região Centro-Sul da capital mineira.

As investigações foram iniciadas em setembro deste ano, quando o pai, depois de ver diversos hematomas na filha, levou a menina até uma Unidade de Pronto Atendimento no Barreiro. Diante dos indícios, os médicos informaram à polícia que a criança apresentava lesões de mordidas e fraturas nos braços e pernas, sendo necessária a internação.

A Polícia Civil informou que a mãe será indiciada por lesão corporal grave e tortura. Amigos da mulher, que ficavam com a criança para que ela pudesse frequentar bares e festas, também serão investigados.

Responsabilidade

A chefe do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família, delegada-geral Carolina Bechelany, aproveitou para fazer um apelo: “Somos todos responsáveis pelas crianças. Se alguém souber de crianças que estejam sofrendo violências físicas ou psicológicas, denuncie. Elas estão pedindo por socorro. Elas não conseguem fazer isso sozinhas”, alertou a delegada-geral.

Segundo a delegada do caso, Iara França, a mulher, ao ser presa, noticiou que estaria grávida. Iara França afirmou que a criança não ficará sob a guarda da mulher. “Vamos oficiar ao judiciário para que, imediatamente após o nascimento, essa criança seja retirada da mãe”, informou.

A menina, vítima de agressões, está em um abrigo e apresenta quadro de saúde delicado, necessitando inclusive de constantes cuidados médicos. A guarda definitiva da criança será decidida judicialmente.