Ajude o Vinícius: família cria vaquinha para tratamento de câncer em adolescente

Tratamento só está disponível nos Estados Unidos e família pede doações para conseguir arcar com gastos

Ajude o Vinícius: família cria vaquinha para tratamento de câncer em adolescente
O tratamento indicado para Vinicius só pode ser realizado nos Estados Unidos. (Foto: Arquivo Pessoal)

O diagnóstico de Vinicius Brandão Souza Lima, de 15 anos, foi descoberto em 2017, quando ele ainda tinha dez anos. Os indícios que alertaram a família começaram no dia posterior ao Natal de 2016, quando ele começou a passar mal. A família pensava ser uma gripe, mas Vinicius não apresentava melhora e, no dia 31, pouco antes da virada do ano, a família decidiu levá-lo ao hospital.

O diagnóstico da médica foi de sinusite e receitou um antibiótico para o garoto. Porém, em 2017, Vinicius tomava o remédio e não apresentava nenhum sinal de melhora. Pelo contrário, o garoto teve piora no quadro e seu pescoço entortou. A família retornou com Vinicius para o hospital e o pediatra, que estava de plantão, alertou que o quadro não era de sinusite.

O médico solicitou tomografia e o tumor no cérebro de Vinicius foi diagnosticado. Naquele momento, o garoto, ainda com 10 anos, foi internado e uma semana depois, encarava a sua primeira cirurgia. Desde então, Vinicius e a família enfrentam uma batalha e agora precisam vencer mais uma. Eles criaram uma vaquinha online para arrecadar valores para arcar com os custos do tratamento do tumor no cérebro que não é oferecido no Brasil, e só é ofertado nos Estados Unidos.

Família faz vaquinha para arcar com tratamento de jovem
(Foto: Arquivo Pessoal)

No Brasil, o adolescente só consegue tratamento por radioterapia, que se trata de um feixe de luz que não irradia somente o tumor, mas também compromete células sadias em torno do câncer. Além disso, Vinicius já fez as 33 sessões de radioterapia, que é o número máximo, e se realizar mais sessões, pode não resistir ao tratamento.

“Então o médico (neurologista) falou: ‘olha a única solução seria vocês irem pros Estados Unidos fazer essa radioterapia de próton’. Porque a radioterapia de próton é um fecho. Ele vai radiar somente o tumor, não vai radiar a área em volta, que seriam as áreas sadias, que no caso deles já até foram comprometidas com a primeira radiação. Então a nossa busca é por esse tratamento que não é um tratamento barato. Primeiro a gente tem que levá-lo aos Estados Unidos, fazer um planejamento com com a radioterapeuta lá, pra depois a gente retornar pra fazer o tratamento, que deve durar cerca de dois meses”, relatou Alessandra Brandão Souza e Lima, mãe de Vinicius.

Muitas batalhas enfrentadas

Em março de 2017, ano em que o tumor foi descoberto, Vinicius enfrentou a primeira cirurgia, em que não teve nenhuma sequela além da motora, que já começou a ser tratada na fisioterapia. Já no meio do ano, o jovem começou a radioterapia, visto que nem todo o tumor ainda sido retirado na cirurgia. A radioterapia foi realizada com sucesso e dessecou o tumor de fora para dentro.

Já em 2020, em meio à pandemia, a família descobriu em resultado de ressonância que o tumor havia voltado. Uma segunda cirurgia de retirada do tumor foi realizada em outubro daquele ano. O médico que realizou a cirurgia contou à família que conseguiu retirar todo o tumor, porém Vinicius apresentou sequelas. Ele precisou ainda realizar tratamento de quimioterapia.

(Foto: Arquivo Pessoal)

Em maio de 2021, enquanto ainda realizava quimioterapia, o adolescente contraiu Covid-19 e teve um quadro grave.

“Nós entramos com ele no hospital na sexta-feira. Na quarta-feira o médico falou comigo: ‘Não tem jeito mais, mãe. A única solução, se tiver jeito, é a ECMO’ – que é o pulmão artificial utilizado no caso do ator Paulo Gustavo, que morreu em 2021. E aí o médico falou todas as restrições, tudo que poderia acontecer com ele. E eu falei: ‘tenho fé em Deus, doutor. Pode colocar que vai dar certo'”, contou a mãe de Vinicius.

Apesar com todas as dificuldades enfrentadas no tratamento contra a Covid-19, o jovem se recuperou. Porém, ele perdeu toda a mobilidade e precisou iniciar o processo de fisioterapia para voltar a caminhar. Após a recuperação, o tratamento de quimioterapia foi retomado e o acompanhamento vinha sendo feita por meio de ressonância.

Porém, no início deste ano, depois de resultado de ressonância, a família descobriu que o tumor voltou e agora o melhor tratamento é a radioterapia de próton, que no momento só pode ser realizada nos Estados Unidos.

Para isso, a família conta com doações a serem feitas na vaquinha ou por meio da chave de pix [email protected].