EUA e UFMG anunciam projeto de revitalização do Instituto Casa da Glória, em Diamantina
O projeto terá duração de 18 meses e receberá cerca de R$ 1,2 milhão de financiamento do governo dos EUA
O Escritório da Embaixada dos Estados Unidos em Belo Horizonte e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciam, nesta terça-feira (12), projeto de recuperação e revitalização do edifício histórico Casa da Glória, construído no século XVIII, um dos cartões-postais da cidade de Diamantina (MG), Patrimônio Mundial da Humanidade.
A iniciativa será apoiada com recursos do Fundo de Embaixadores para Preservação Cultural (Ambassadors Fund for Cultural Preservation – AFCP) do Departamento do Estado dos EUA. O projeto terá duração de 18 meses e receberá cerca de R$ 1,2 milhão de financiamento do governo dos EUA, além de aportes da própria UFMG.
A reforma vai viabilizar a substituição das estruturas de madeira e a instalação dos sistemas de detecção e supressão de incêndio na Casa da Glória, possibilitando que o edifício seja novamente utilizado para fins educacionais e turísticos, contribuindo, assim, para a economia regional.
Como órgão complementar do Instituto de Geociências da UFMG, a Casa da Glória poderá novamente abrigar atividades acadêmicas como trabalhos de campo de disciplinas dos cursos de geografia, geologia, cartografia, turismo, engenharia de minas e ciências biológicas.
A iniciativa, focada na acessibilidade do público ao patrimônio, tem o objetivo de valorizar a história da construção e tornar o espaço disponível para sediar festivais, seminários, simpósios técnico-científicos e exposições artísticas e culturais.
“Para os EUA, essa parceria consolida ainda mais nosso relacionamento com Minas Gerais e oferece novas oportunidades de intercâmbio acadêmico e cultural entre nossas duas nações”, disse o encarregado de Negócios da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil, Douglas Koneff.
A reitora Sandra Regina Goulart Almeida destacou que o projeto de recuperação da Casa da Glória é o único do país financiado na chamada deste ano aberta pelo Departamento de Estados dos EUA. “Diamantina é uma das joias do patrimônio histórico-cultural brasileiro, e a Casa da Glória, com seu charmoso passadiço, é um dos seus ícones. Quem vê uma foto da Casa da Glória logo associa a edificação à cidade”, disse a reitora. Ela agradeceu à Embaixada dos EUA e ao seu Departamento de Estado a acolhida da proposta da UFMG. “Isso é uma prova do reconhecimento do governo norte-americano ao valor cultural e acadêmico da Casa da Glória e ao papel que a UFMG, por meio do IGC, desempenha na consolidação desse importante patrimônio”, reforçou Sandra Goulart.
O edifício da Casa da Glória é formado por um conjunto de dois casarões históricos, situados em lados opostos da Rua da Glória. O edifício principal, do século 18, foi construído entre 1775 e 1800.
A partir dos anos 2000, o uso do espaço foi diversificado com a incorporação de ações nas áreas de turismo, geografia e cartografia. Por isso, passou a se chamar Instituto Casa da Glória. A casa tem 11 alojamentos com capacidade para receber 110 alunos para atividades de campo na região.
O Fundo dos Embaixadores para Preservação Cultural
O Fundo dos Embaixadores é administrado pelo Escritório de Assuntos Educacionais e Culturais do Departamento de Estado dos EUA. Os recursos são destinados a projetos para a preservação do patrimônio cultural em diversos países, incluindo edifícios históricos, sítios arqueológicos, objetos etnográficos, pinturas, manuscritos e línguas indígenas, além de outras formas de expressão cultural tradicional.
*Com informações da assessoria UFMG