Afinal, quem é o “pai” da redução da tarifa de ônibus em Itabira?
De um lado, fala-se que o prefeito Marco Antônio Lage é o responsável pela medida; por outro, vereadores indicam Tãozinho Leite e Rodrigo Diguerê como idealizadores da proposta
A qualidade do transporte coletivo municipal é um dos assuntos recorrentes nas rodas de reclamações dos itabiranos. Não à toa, a redução na tarifa de ônibus, que entra em vigor nesta terça-feira (6) e, até então, com validade até fevereiro 2023, se mostra uma medida política de grande importância — por representar uma resposta à parte dos anseios da comunidade local. Talvez por isso, tenham surgido diferentes “pais” para a proposta.
Do terceiro andar da Prefeitura Municipal de Itabira, o chefe do Executivo, Marco Antônio Lage (PSB), proclama para si a autoria da medida. Em um release, enviado à imprensa em 24 de agosto, é destacado que a decisão do prefeito é “inédita na história”. Porém, também ressalta que a proposta foi discutida com parte dos vereadores (mais precisamente com aqueles que compõem a sua base aliada).
Por outro lado, o grupo de parlamentares de oposição procurou destacar que Sebastião Ferreira Leite “Tãozinho” (Patriota) e Rodrigo Alexandro Assis Silva “Diguerê” (PTB) como responsáveis por sugerir que o subsídio fosse condicionado à redução no preço da passagem de ônibus.
Tãozinho Leite e Rdrigo Diguerê, respectivamente presidente e relator da Comissão de Transporte Público e Sistema Viário, chegaram a se abraçar durante a reunião, em comemoração à redução na tarifa de ônibus.
Os oposicionistas também questionarem uma suposta “propaganda fora de época” da Prefeitura de Itabira, que anunciou a redução da tarifa antes mesmo da sua aprovação no Legislativo.
Independentemente do “teste de paternidade”, quem sai ganhando é a população — que terá, ao menos pelos próximos seis meses, um valor mais em conta para rodar de ônibus.
Agora resta saber até quando vai durar esse alívio no bolso. No início de 2023 deve acontecer nova licitação para definir a empresa que irá explorar as linhas de ônibus municipais. Até lá alguns questionamentos permanecem soltos: haverá novo subsídio para manter a tarifa em R$ 4? Ou o valor da passagem, de R$ 5,85, será repassado integralmente ao itabirano?
Será que um desses “pais” se habilita a responder?