Novo encontro na Câmara debate a segurança pública de Itabira

Evento encabeçado pelos vereadores Rose Félix e Tãozinho Leite foi realizado ontem

Novo encontro na Câmara debate a segurança pública de Itabira
Foto: Victor Eduardo/DeFato Online
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Quase um mês após o primeiro encontro, a Câmara de Itabira, por meio dos vereadores Rose Félix (MDB) e Tãozinho Leite (Patriota), realizou uma nova reunião para discutir a segurança pública de Itabira. Além dos legisladores, reuniram-se, na noite desta segunda-feira (19), importantes figuras do sistema judiciário itabirano, representantes do comércio e populares, especialmente familiares de presidiários. Assim como no encontro do dia 22 de agosto, novamente se ausentaram figuras ligadas à Prefeitura de Itabira, Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e forças policiais.

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Foto: Victor Eduardo/DeFato Online

O principal tema discutido durante a noite foi a ausência de um presídio na cidade. Este foi, inclusive, apontado por Rose Félix como o fator mais determinante para a violência em Itabira. Ela falou à DeFato sobre isso.

“O fator mais determinante para a onda de violência, de imediato, é o presídio. Essa é a minha opinião, a opinião que ficou mais explícita na reunião anterior. O próprio delegado, Doutor Helton, já falou que a ausência do presídio influencia no aumento da criminalidade na cidade. Então acho que a atitude mais responsável agora seria o prefeito se juntar com a Sejusp, reunir de novo com a Vale e dar andamento novamente a esse assunto o mais rápido possível”, analisou.

Rose também explicou qual o intuito da reunião de ontem. Segundo a vereadora, a missão seria analisar as respostas dadas pelas entidades ligadas à segurança pública do município. No entanto, apenas a Polícia Civil enviou uma resposta oficial (você poderá vê-la logo abaixo), com diversas sugestões, ao grupo organizador do encontro. A Polícia Militar se limitou a dizer que, devido a restrições da Lei Eleitoral, não poderia participar da reunião e as outras entidades não enviaram nenhum retorno.

“Fizemos o primeiro encontro no dia 22 de agosto, extraímos dele uma carta aberta com alguns questionamentos e sugestões enviados à Sejusp, a Prefeitura de Itabira, a Polícia Militar, Polícia Civil e a empresa Vale. E o objetivo desse encontro de hoje é analisar as respostas que recebemos e definir mais algumas estratégias. O que havíamos deixado previamente acordado é que a partir do que fosse respondido hoje, dependendo da necessidade, daríamos encaminhamento a uma audiência pública mais ou menos no final de novembro”. A audiência pública citada pela emedebista será realizada no dia 28 de novembro, às 18h.

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A vereadora Rose Félix. Foto: Victor Eduardo/DeFato Online

Sobre a ausência da Prefeitura de Itabira, Rose Félix pontuou que a falta de diálogo é algo marcante no executivo municipal, mas disse ter a esperança de que isso melhore daqui pra frente.

“Na verdade, o que a gente conhece é que não parece que o Poder Executivo tenha boa vontade de compor com a Câmara para buscar as soluções em Itabira. Essa ausência de diálogo é algo marcante no governo Marco Antônio Lage, mas eu ainda tenho expectativa de que melhore, ainda há dois anos pela frente”, ressaltou.

Papel da Casa

Outro vereador à frente da iniciativa, Tãozinho Leite falou à DeFato sobre o papel da Câmara na discussão. “A Câmara é fundamental, porque se tiver algum projeto em relação à segurança vai vir para a Câmara. Creio que hoje virá alguém do Poder Executivo para discutir, mas, se não, a Câmara já está fazendo seu papel que é tomar a frente, fazendo com que possamos discutir políticas que realmente interessam ao cidadão itabirano”, disse ele.

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Tãozinho Leite também participou do encontro. Foto: Victor Eduardo/DeFato Online

Assim como sua colega de Câmara, Tãozinho alia a falta de um presídio à violência crescente em Itabira. Ele também destaca, no entanto, outro efeito deste cenário: a distância entre os presidiários e seus familiares.

“(Ausência do presídio) é um dos pontos que atraiu ainda mais a criminalidade. A pessoa é presa aqui e tem que ir para outra cidade, que não consegue comportar o preso e o libera imediatamente. Outra coisa é o seguinte: para os familiares dos presos fica muito difícil ir para outra cidade ver aquela pessoa. Fica muito caro. Então acho que é um dos pontos fundamentais, além de outros temas que precisamos discutir junto à comunidade”, finaliza o vereador.