Lula, nada que celebrar

As eleições presidenciais no Brasil estão completamente abertas, apesar do percentual de 5% pontos que separam o vencedor Lula de Jair Bolsonaro

Lula, nada que celebrar
Alírio de Oliveira, colunista DeFato – Foto: Arquivo/Pessoal
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Eu poderia criar um texto próprio para essa sexta-feira, 7 de outubro, mas optei por traduzir partes de um artigo interessante e realista do jornalista José Francisco Cuevas, do site PanAm Post.

Para Cuevas, as eleições presidenciais no Brasil estão completamente abertas, apesar do percentual de 5% pontos que separam o vencedor do primeiro turno, Luiz Inácio Lula da Silva (PT com 48%) do candidato à reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL com 43%).

Cuevas destacou em seu comentário as previsões totalmente equivocadas de todos os institutos de pesquisa, que davam vitória com margem esmagadora ao petista frente ao atual presidente.

“Há uma tremenda irresponsabilidade dessas pesquisadoras, já que carecem de todo rigor técnico ou claramente intentam instalar seu favoritismo a um candidato. Não é possível pensar que ninguém tenha visto todo o respaldo que possui Bolsonaro, que conseguiu a maior quantidade de deputados e senadores. O Partido Liberal (PL), do Bolsonaro, obteve 100 deputados e 14 senadores, o que o torna a principal força política do país”.

Prossegue com um alerta: “Se bem que existe uma discreta vantagem, muitos daqueles influenciados por pesquisas e que optaram por Lula, poderiam votar em Bolsonaro, observando os candidatos eleitos que agora lhe são favoráveis”!

O legado de Jair Bolsonaro é muito importante. Lula não terá nenhuma maioria no Senado e nem na Câmara dos Deputados, o que o obrigaria a realizar um governo com grandes acordos e não levar o Brasil, maior democracia da América Latina, a um populismo de esquerda.

O Brasil não seguirá o caminho da Argentina, Bolívia e Colômbia, já que o bolsonarismo é a maior força política do país!

Também colunista do PanAm Post, Mamela Fiallo Flor alerta que Lula tenta ganhar votos cristãos para fazer frente a Bolsonaro, porém, suas alianças o revelam.

“As eleições no Brasil ainda não se definiram e ambos os candidatos usam suas estratégias para captar votos do outro lado”.

A polêmica relacionada à religião tem se acentuado nos últimos dias, depois da difusão em redes sociais de um homem que se identifica satanista e simpatizante da candidatura de Lula, o que obrigou o petista a recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), solicitando o impedimento da difusão desse vídeo.

“Agora, o curioso em tudo isto é que as evidências dão mostras que Lula não é um homem cristão, mas que adequa seu discurso de forma a que chegue à população católica, que é cerca de 85% desse país sul-americano.

Lula usou da imagem ao lado de dois frades franciscanos, no dia consagrado ao santo, para passar uma mensagem de pacifista e ambientalista.

São Francisco não ostentava pobreza para depois ser atendido nos melhores hospitais, e nem fazia caridade com dinheiro alheio, como Lula fez, investindo em países esquerdistas comandados por tiranos!

E salienta: “Ao contrário, Lula foi preso por corrupção na operação Lava Jato e sustentava uma tirania comunista como Cuba, cujo regime persegue a fé”, prossegue: “O perigo mais iminente se evidencia por sua aliança com o maior perseguidor da fé no continente americano; Daniel Ortega, enquanto o presidente Jair Bolsonaro ofereceu asilo para os religiosos perseguidos na Nicarágua”.

Ortega respaldou a candidatura de Lula, além de expulsar do país as irmãs de caridade, da ordem de monjas de Madre Teresa de Calcutá.

Em um só dia, Ortega fechou sete emissoras de rádio católicas, sequestrou sacerdotes e aprisionou a um bispo, além de proibir procissões religiosas no país. E não é distante a realidade do Brasil com Lula, já que, durante sua campanha, ao menos por nove ocasiões, disse que censuraria a imprensa. Lula disse também, em vídeo, que com a força militar sob seu comando calaria as vozes religiosas que se intrometessem na política.

Alírio de Oliveira é jornalista e escreve sobre política em DeFato Online.

O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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