Brasil, um país que ressurgiu das cinzas

Confira a nova coluna do jornalista Alírio de Oliveira

Brasil, um país que ressurgiu das cinzas
Alírio de Oliveira, colunista DeFato – Foto: Arquivo/Pessoal
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Após o cataclisma que atingiu o país nos últimos 16 anos, o Brasil, enfim, renasceu das cinzas, como o lendário pássaro Fênix, da mitologia grega. 

Sob a batuta do ex-capitão do exército e ex-deputado federal, Jair Messias Bolsonaro, as empresas estatais equilibraram suas contas e voltaram a dar lucros e retomaram suas posições no mercado nacional e internacional.

A Petrobras, por exemplo, distribuiu ao governo federal, nos últimos três anos, R$ 447 bilhões, o dobro do seu lucro, a título de dividendos, impostos e royalties, o que a coloca como a mais rentável entre as petroleiras globais. 

A Eletrobras foi privatizada em 9 de junho de 2022, ao preço de R$ 33,7 bilhões, seguindo planos do governo de encurtar os braços do Estado sobre as estatais. 

O número de empresas controladas pelo governo caiu de 209 para 133 em quase quatro anos, igual a 36% das estatais, até então. O percentual foi divulgado pelo secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord.

A decisão de um governante em privatizar uma empresa pública envolve vários fatores, que vão desde a racionalidade econômica a preferências ideológicas. Em geral, governos de viés ideológico mais liberal preferem enxugar a máquina estatal para alcançar maior eficiência na gestão e reduzir gastos.

Em 2017, o Brasil tinha a maior carga tributária entre os membros dos Brics, o grupo formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e tinha também o menor crescimento entre esses países. Os gastos para manter o Governo Federal eram o segundo mais caro do mundo, só ficando atrás dos Estados Unidos e o “Rombo da Previdência” que queimava dos cofres públicos quase R$ 270 bilhões por ano. 

Bolsonaro combateu fraudes do programa Bolsa Família, que estimava vazar R$ 2,25 bilhões dos cofres públicos em 2018, reduziu o ICMS de mais de 4 mil produtos e baixou o imposto dos combustíveis, tornando-o um dos mais baratos do mundo. Em seu governo a inflação caiu a patamares inferiores ao dos países europeus e americanos. Nos últimos três meses, tem havido deflação, podendo estimar uma inflação anual abaixo de 6,54% e uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,7% em 2022.

O governo Bolsonaro permaneceu fiel aos escudos de sua campanha, como Deus, Pátria, Família e o combate à corrupção. Embora não tenha sido reeleito, deixa um legado auspicioso para um novo governo, como inflação baixa, preços de produtos de primeira necessidade caindo nas prateleiras e uma economia forte, mesmo com a pandemia do Covid-19 e a guerra da Ucrânia, em andamento.

Apesar da derrota no último pleito, sua austeridade na administração dos bens públicos vai refletir por muitos anos no governo seguinte.

Em Minas Gerais, por exemplo, embora no resultado geral Bolsonaro tenha perdido, desta feita registrou-se quase um empate entre as partes, com diferença mínima entre ambos. Em Contagem, cidade notadamente esquerdista e comandada por uma prefeita petista, Marília Campos, Bolsonaro foi o candidato mais votado, com 202.910 mil votos, contra 162.786 do Lula.

Bolsonaro venceu em oito das dez mais populosas cidades do estado de Minas Gerais no segundo turno, a saber: Belo Horizonte, Uberlândia, Contagem, Uberaba, Governador Valadares, Betim, Montes Claros e Ipatinga. Além disso, o PL, partido de Bolsonaro, consolidou a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 99 deputados federais eleitos e, no Senado, são pelo menos mais oito senadores, totalizando 14 representantes, a maior bancada do Senado. 

Alírio de Oliveira é jornalista e escreve sobre política em DeFato Online.

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