Remédio genérico sobe duas vezes mais que os de referência

Apesar da alta, podem ser mais vantajosos, atesta pesquisa do Procon Assembleia

Remédio genérico sobe duas vezes mais que os de referência

Os preços dos medicamentos de referência subiram 7,48% entre março e maio de 2016, em média. Para os genéricos, os aumentos foram duas vezes maiores: 14,89%. É o que mostra pesquisa realizada pelo Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) entre os dias 13 e 20 de maio em 19 farmácias de Belo Horizonte. Foram analisados os preços de 43 medicamentos de referência e 95 genéricos.

Entre os remédios de referência, as maiores altas foram das soluções nasais e de analgésicos. Entre os genéricos destacam-se o diclofenaco sódico (anti-inflamatório) e o paracetamol (analgésico). O consumidor deve ficar atento porque, mesmo com índice de aumento superior, os genéricos costumam ter melhor custo-benefício. A pesquisa traz alguns exemplos cuja diferença de preços entre o produto de referência e o genérico chega a mais de 400%, atingindo até 723% em um caso.

Mesmo entre medicamentos da mesma marca, foram encontradas variações importantes, dependendo da farmácia consultada. A caixa com dez comprimidos do analgésico Aspirina (500 mg), por exemplo, foi encontrada por R$ 3,46 em um estabelecimento e por R$ 8,16 em outro, ou seja, uma diferença de 135,84%. Variações superiores a 100% foram detectadas nos preços da Novalgina, do Cataflam e do Neosoro.

O Procon Assembleia lembra que as farmácias são obrigadas a disponibilizar uma lista de todos os medicamentos genéricos aprovados pelo governo. Além disso, os médicos dos serviços públicos de saúde têm que prescrever os remédios pela sua denominação genérica.

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