“Obra piorou situação da rua”. Moradores da Valdemar de Alvarenga Lage fazem desabafo

Via registra inúmeras falhas desde sua reinauguração

“Obra piorou situação da rua”. Moradores da Valdemar de Alvarenga Lage fazem desabafo
Foto: Victor Eduardo/DeFato Online
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“Uma obra que o prefeito dizia que era efetiva, que há 40 anos o pessoal daqui queria. Tudo mentira. Não tinha vazamento, o esgoto funcionava, o asfalto estava bom, depois que eles mexeram que virou esse transtorno todo. A obra piorou (a situação da rua)”.

O desabafo descrito logo acima pertence a um antigo morador da rua Valdemar de Alvarenga Lage, no bairro Água Fresca, em Itabira. A via passou por obras entre 2021 e 2022, mas já possui inúmeros buracos. Falhas asfálticas que representam insegurança e estresse a quem reside nesta que é uma das principais vias desta região da cidade.

A reportagem da DeFato esteve no local e conversou com alguns moradores do bairro. Um deles, que preferiu não se identificar, nos informou que a roda de um carro quebrou justamente hoje, após passar por um buraco. Uma coincidência pela qual ele não preferia passar.

“Quando o Saae lançou o edital, era pra fazer a obra em 17 dias. Depois mudou para 29 dias. A obra levou seis meses para ser concluída, seis meses de transtorno. Antes de completar um ano – ela foi liberada em março – em dezembro ainda fizeram um grande reparo nela, e agora, neste ano, está uma vergonha essa quebradeira na rua. Uma obra que o prefeito dizia que era efetiva, que há 40 anos o pessoal daqui queria, tudo mentira. Não tinha vazamento, o esgoto funcionava, o asfalto estava bom, depois que eles mexeram que virou esse transtorno todo. A obra piorou (a situação da rua)”, disse o morador.

Residente da rua Valdemar de Alvarenga Lage desde 1982, uma idosa resumiu seu sentimento em uma palavra: insegurança. Ela fala sobre o risco oferecido, principalmente, por caminhões que passam em alta velocidade pela via.

“A sensação é de insegurança. Nas cargas, não tem aquela obrigatoriedade de ser lonada? Que lona que nada. Passam, às vezes, caminhões com cargas muito altas, derrama as coisas pelo asfalto, sujeito a atingir o pedestre que está na calçada”, desabafa.

Diretora da Associação do Água Fresca, Vânia Rodrigues diz acreditar que o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage (PSB), não possui ciência sobre a falta de respostas concretas da sua equipe. Ela ainda relembra o inusitado protesto registrado na semana passada e que ajudou a resolver parte do problema.

“Estivemos, semana passada, na Prefeitura, porque temos a certeza que o prefeito não está ciente do que tá acontecendo não. Porque ele manda que faça e estamos cientes de que não está sendo feito o que ele está mandando. Teve uma manifestação ali embaixo, o senhor precisou deitar no buraco imenso ali embaixo para no outro dia tapar o buraco. Tapou ali embaixo, tapou lá em cima, e a rua principal está nessa pouca vergonha”, diz.

“A gente não tem sossego pra dormir, porque acordamos de madrugada com o carro passando no buraco, porque ele vai tirar de um e cai no outro. Aí acordamos com aquele barulhão e já pensamos que alguém bateu o carro”.

Valdemar de Alvarenga Lage
Vânia Rodrigues tem conversado frequentemente com a Prefeitura sobre a situação. Foto: Victor Eduardo/DeFato Online

Vânia também comenta que, recentemente, a Prefeitura de Itabira interditou toda a extensão da via. Porém, para sua decepção, apenas dois buracos foram tapados.

“Há cerca de 20 dias, eles interditaram essa rua aqui durante o dia inteirinho para tapar dois buracos lá em cima, no início da rua. Aí pensamos ‘não vai melhorar tudo, mas vai tapar todos os buracos para amenizar’. Taparam os dois buracos lá em cima que o Saae tinha mexido na rede e ficou essa pouca vergonha aí.”

O portal DeFato entrou em contato com a Prefeitura de Itabira, solicitando um posicionamento sobre o tema. Porém, até o fechamento da matéria, não obtivemos retorno. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.