PIX bate recorde de transações e pode decretar o fim de outras operações bancárias
Além da agilidade na transferência de valores, o PIX pode ser utilizado para fazer compras e efetuar pagamentos diversos
O PIX vem mudando a forma como as transações comerciais são feitas no Brasil. O sistema de pagamento instantâneo permite que o dinheiro de uma conta seja transferido para outra em até dez segundos, a qualquer hora e em todos os dias — inclusive aos domingos e feriados. Na última sexta-feira (5), o sistema desenvolvido pelo Banco Central bateu novo recorde ao contabilizar 124,3 milhões de operações em apenas um dia.
Em valores, o movimento durante essas 24 horas alcançou o expressivo número de R$ 68,4 bilhões, quantidade superior à registrada no dia 6 de abril, com 122,4 milhões de transações e movimentação financeira da ordem de R$ 62,8bilhões.
Além da agilidade na transferência de valores, o PIX pode ser utilizado para fazer compras, efetuar pagamentos diversos e até pagamento de impostos, como o Simples Nacional.
O sistema pode ser utilizado por pessoas físicas e jurídicas, inclusive microempreendedor individual (MEI), sem limite de transações durante o mês.
Outras operações bancárias
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou que as instituições bancárias associadas deixarão de oferecer as operações via Documento de Ordem de Crédito (DOC) para Pessoas Físicas e Jurídicas até 29 de fevereiro de 2024.
Criado em 1985 pelo Banco Central, o DOC perdeu espaço para formas mais rápidas e mais baratas de transferência de recursos.
Além do DOC, serão descontinuadas as operações de Transferência Especial de Crédito (TEC), feitas exclusivamente por empresas para pagamento de benefícios a funcionários.
A extinção das duas modalidades de meio de pagamento também foi motivada pela experiência e o custo-benefício aos clientes. Outras modalidades de operação oferecem o mesmo serviço de maneira instantânea, a exemplo da TED, e sem custo, no caso do PIX, nas transações de menor valor.
Criação
Em 2018, durante o governo Michel Temer (MDB), o sistema de pagamento instantâneo PIX começou a ser desenvolvido pelo Banco Centro.
A nova modalidade só foi lançada no dia 5 de outubro de 2020, no segundo ano da gestão Jair Bolsonaro (PL), quando teve início o cadastramento de chaves. A partir daí, o PIX passou por uma bateria de testes para encontrar possíveis falhas até ser oficializado integralmente em 16 de novembro do mesmo ano.