Arquiteto e CEO da Arena MRV serão ouvidos em CPI que investiga abuso de poder da Prefeitura de BH

As investigações têm o prazo de duração de 120 dias, podendo ser prorrogadas por mais 60 dias

Arquiteto e CEO da Arena MRV serão ouvidos em CPI que investiga abuso de poder da Prefeitura de BH
(Foto: Arthur William/Agência Espacial Comunicação/Divulgação Arena MRV)

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) – Abuso de Poder na PBH, que investiga indícios de utilização da estrutura pública da Prefeitura para favorecimento pessoal e de terceiros, deve ouvir o arquiteto responsável pelo projeto da Arena MRV e o CEO do estádio no mês de junho. As oitivas foram agendadas em reunião extraordinária realizada na Câmara Municipal de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (29).

Nesta quinta-feira (1°/6), às 9h30, no Plenário Camil Caram, deve ser ouvido Bernardo Farkasvölgyi, arquiteto responsável pelo projeto da Arena MRV. Já no dia 15 de junho, às 9h30, no Plenário Helvécio Arantes quem deve depor é o CEO da Arena MRV, Bruno Muzzi. Os pedidos de oitivas foram assinados pela relatora da CPI, vereadora Fernanda Pereira Altoé (Novo).

Trabalho da CPI

Em fevereiro deste ano, membros da CPI realizaram uma visita técnica ao Estádio Arena MRV, no bairro Califórnia, região Noroeste de Belo Horizonte. Na ocasião, a proposta foi conhecer a obra, entender como foi feito o processo de licenciamento e apurar se as contrapartidas – exigidas pela Prefeitura – para a construção do estádio foram impostas “exclusivamente para prejudicar o andamento das obras do novo complexo esportivo mineiro, por motivos alheios ao interesse da cidade”.

Protocolada na CMBH em 16 de dezembro do ano passado, a Comissão Parlamentar de Inquérito – Abuso de Poder na PBH investiga indícios de utilização da estrutura pública da Prefeitura para favorecimento pessoal e de terceiros pelo ex-prefeito Alexandre Kalil. As investigações têm o prazo de duração de 120 dias, prorrogável por mais 60 dias, para determinar diligências, convocar autoridades, tomar depoimentos, ouvir indiciados, inquirir testemunhas, requisitar informações, documentos e serviços, inclusive policiais, e transportar-se aos lugares onde se fizer necessária a sua presença.

A conclusão dos trabalhos será distribuída em avulsos e encaminhada pelo presidente da Câmara ao Ministério Público ou à autoridade competente, conforme expressamente dela conste, para que se promova a responsabilização civil, criminal ou administrativa do infrator.

Além de Wesley Moreira (PP), que preside o inquérito, participaram da reunião a vereadora Loíde Gonçalves (Pode) e os vereadores Cleiton Xavier (PMN), Gilson Guimarães (Rede) e Helinho da Farmácia (PSD).

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