Flávio Dino afirma que plataformas digitais são corresponsáveis pelos conteúdos

Dino afirmou que as big techs têm fornecido informações “fundamentais” para as investigações

Flávio Dino afirma que plataformas digitais são corresponsáveis pelos conteúdos
Foto Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, declarou na terça-feira (11), no programa “A Voz do Brasil”, que as plataformas digitais têm sido mais colaborativas na disponibilização de informações necessárias para investigações do cometimento de crimes pela internet.

“Avançamos muito nisso. As plataformas estão mais colaborativas, desde que editei uma portaria sobre o assunto, e que está funcionando. Todas as principais plataformas se adaptaram. No início houve uma certa dificuldade, mas, graças a Deus todas estão colaborativas”, disse Flávio Dino.

Dino afirmou que as big techs têm fornecido informações “fundamentais” para as investigações e que por isso, “ações relativas à Operação Escola Segura têm se intensificado pelo país”.

“Infelizmente, com muita dor no coração, digo que todos os dias há ações sendo executadas, porque há adultos e jovens envolvidos em, por exemplo, explorações e abusos sexuais e ataques em escolas. Em um caso mais recente, no Paraná, fizemos uma prisão recente em São Paulo que era do instigador desse autor do duplo homicídio”, contou Flávio Dino.

O ministro citou a plataforma Discord como uma das colaboradoras e acrescentou que “hoje mesmo, houve apreensões e prisão com base em dados que são frutos dessa ideia de que as plataformas são coresponsáveis pelo que ali se passa. E isso é uma proteção da família brasileira”.

Dino deu a entender que as prisões realizadas ao longos dos últimos meses demonstram que os ataques às escolas, bem como outros crimes cibernéticos, não são um problema individual.

“Há, lamentavelmente, uma rede que estimula, incentiva e apoia, por intermédio da internet. Então, nós temos um laboratório de crimes cibernéticos atuando todos os dias, sediado em Brasília, e temos o necessário debate quanto à regulamentação justa das redes para que haja prevenção”, finaliza Dino.