Sobre a descriminalização das drogas e outros assuntos pertinentes

Parece que os nobres togados se esquecem que, por trás do consumidor de pequena porção da cannabis, existe um forte esquema de distribuição da droga

Sobre a descriminalização das drogas e outros assuntos pertinentes
Uma das sessões do STF em que julga a descriminalização das drogas – Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Com um placar favorável de 4 x 0 para a descriminalização das drogas, em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), o que se teme é o impasse entre permitir que o usuário desfrute do uso continuado da maconha, desde que porte um determinado peso da droga, a ser estipulado pela Corte ao fim da decisão colegiada.

Parece que os nobres togados se esquecem que, por trás do consumidor de pequena porção da cannabis, existe um forte esquema de distribuição da droga, que será alimentado pelo consumo dos usuários recreativos, fortificando o tráfico do maldito produto. Estamos caminhando a passos largos para uma ditadura que talvez ultrapasse os rigores do Ortega, na Nicarágua, do Maduro, na Venezuela, de Cuba, Miguel Diaz-Canel, do Kim Jong-un, da Coreia do Norte, do sorridente e não menos maléfico Xi Jinping, do grupo extremista Talibã, no Afeganistão, do Putin, na Rússia e outros tiranos regimes mundo afora.

Os sinais são evidentes, mas é notório que todo o sistema está armado para que isso ocorra, desde a descondenação do Lula, julgado culpado e condenado em três instâncias superiores, mas liberado sob a desculpa de que o tribunal de Curitiba não tinha competência para julgar processos da Operação Lava Jato. Ora, a Jurisdição não tem o mesmo valor e peso em todo o território nacional?

O artigo 16 do código do processo civil reza: A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional.

Hoje, sob a égide do socialismo, estamos todos impedidos de manifestações de dúvidas sobre quaisquer coisas inerentes a esse governo, porque qualquer parlamentarzinho de m… move um processo a quem se atreva discordar da trupe esquerdista no poder. No entanto, falar contra qualquer político da direita, está liberado.

O pai dos pobres, no encontro da Cúpula da Amazônia, teve a capacidade de determinar que a Marinha retirasse todos os barcos e banhistas das margens do rio Tapajós, onde o nobre presidente iria se refestelar nas águas, local onde a população local tem por hábito o seu lazer.

No cenário internacional o nosso desacreditado presidente sofre críticas da imprensa europeia, taxado de inimigo do ocidente diante de suas falas e seu posicionamento sobre a guerra da Rússia contra a Ucrânia, nitidamente favorável às ações do amigo Putin.

Um governo que tem ao menos 12 ministros respondendo a processos na Justiça e estão nas mãos do STF não pode gozar de credibilidade junto à nação brasileira. Acordemos, enquanto ainda é tempo!

Falando um pouco de Itabira:

Estamos como náufragos à deriva, na expectativa de terra à vista. Mas o horizonte não indica estar próxima terra firme. Lamentável!

* Alírio de Oliveira é jornalista e escreve sobre política em DeFato Online.

** O conteúdo expresso é de total responsabilidade do colunista e não representa a opinião da DeFato.

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