Lula vai à posse do novo presidente eleito do Paraguai

A viagem se encaixa na proposta de retomada da política externa do Brasil, com a valorização das relações entre vizinhos do continente

Lula vai à posse do novo presidente eleito do Paraguai
Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja nesta terça-feira (15), ao Paraguai, para a cerimônia de posse do novo presidente do país vizinho, Santiago Peña. Peña, do partido Colorado, foi eleito em 30 de abril com 42.74% dos votos. O novo presidente paraguaio já esteve por duas ocasiões no Brasil, em maio e julho, onde manteve encontro com Lula. A relação entre os países abrange temas estratégicos de interesse das duas nações, como a usina Itaipu Binacional, combate a ilícitos (principalmente narcotráfico) e comércio e investimentos recíprocos.

 

O Brasil é o principal parceiro comercial do Paraguai. O Paraguai abriga a terceira maior comunidade brasileira no exterior, atrás somente dos Estados Unidos e Portugal. Acredita-se que ao menos 240 mil brasileiros vivam em território paraguaio. A viagem de Lula se encaixa na proposta de retomada da política externa do Brasil, com a valorização das relações entre vizinhos do continente. Desde julho, o Brasil tem a presidência rotativa do Mercosul, participou, também em julho, da reunião entre países latino-americanos (Celac) e a União Europeia e na última semana sediou a Cúpula da Amazônia em Belém do Pará.

O evento reuniu oito líderes de países amazônicos, além de convidados internacionais para o debate sobre mudanças climáticas, a transição energética e a inclusão de mais de 50 milhões de pessoas da região.

Informações do Banco Central do Paraguai dão conta de que o Brasil é o principal destino das exportações do país, com 36.9% de suas exportações. Em 2021, o país passou à primeira posição entre as origens de investimentos estrangeiros diretos no Paraguai, com a cifra de US$904 milhões, ultrapassando os Estados Unidos, que chegou a US$ 892 milhões. A usina de Itaipu responde por 8,72% da demanda energética do Brasil, enquanto é responsável por 86.4% da demanda paraguaia.