Barragem de rejeito da Samarco se rompe em Mariana

Barragem se rompeu em Bento Rodrigues, distrito de Mariana

Barragem de rejeito da Samarco se rompe em Mariana
Uma barragem de rejeitos da Samarco se rompeu e causou grande destruição no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na tarde desta quinta-feira, 5 de novembro. Segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos 17 pessoas morreram e acreditam que o número de mortos pode chegar a 60, já que há informação de dezenas de desaparecidos, que podem estar ilhados ou soterrados. 

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos de Mariana (Metabase), Valério Vieira dos Santos, afirma que entre 15 e 16 pessoas morreram e 45 estão desaparecidas. Os números não são confirmados.

Mais de 200 pessoas da Guarda Municipal, dos bombeiros, das polícias Civil e Militar, da Defesa Civil e da mineradora trabalham na busca dos soterrados. O secretário de Defesa Social de Mariana, Brás Azevedo, disse que a situação no local é muito grave e há riscos de mais desmoronamentos.

O distrito está sendo esvaziado, segundo a Prefeitura de Mariana. A orientação para os moradores é que sigam até o distrito de Camargos, que é mais alto e mais seguro.

A barragem de Fundão fica na mina de Germano, a cerca de 25 km de Mariana. Em nota divulgada, a Samarco afirmou que não é possível, por hora, confirmar as causas e extensão do ocorrido.

"A organização está mobilizando todos os esforços para priorizar o atendimento às pessoas e a mitigação de danos ao meio ambiente. As autoridades foram devidamente informadas e as equipes responsáveis já estão no local prestando assistência", afirma a nota da empresa.

Ministério Público
Representantes do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais do Ministério Público Estadual de Minas Gerais estão em Bento Rodrigues e será instaurado um inquérito civil para apurar as causas do rompimento da barragem, afirmou o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

Coordenador do núcleo, ele disse que o acidente é sem precedentes e lamentável, e o que está sendo feito neste momento é identificar as medidas emergenciais e isolar a área para minimizar os problemas. (Informações: G1)

 
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